sábado, 11 de dezembro de 2010

O COBIÇADO E DOCE BOLO CHAMADO BskyB!

A News Corporation, conhecido grupo do magnate Rupert Murdoch, não desiste de adquirir o cobiçado bolo chamado BskyB quando não se contenta com apenas uma fatia de 31%, e em que este ano a BskyB anunciou lucros de 1 bilião e 200 milhões de euros e acaba de anunciar ter ultrapassado a casa dos 10 milhões de assinantes! O objectivo, é adquirir os restantes 59% e o controlo da companhia, fazendo dela um lucrativo monopólio.Têm sido várias as tentativas, mas continuamente resistidas! Embora a pretexto de concorrência, quando o grupo de Murdoch, News Corporation, controla uma enorme fatia dos principais e mais bem sucedidos títulos dos matutinos britânicos, como o The Times, The Sunday Times, The Sun e The News of The World, e, na televisão, canais terrestres, 25% do Canal Five e 21% da ITV, além, claro, de 31% da BskyB. Desde a intenção, há anos, em lançar-se na lucrativa TV terrestre britânica, com a aquisição total do Canal Five, que lhe foi negado, Rupert Murdoch, que conta com importantes aliados, como Margaret Thatcher e o Partido Conservador, quando igualmente contou com o apoio de Tony Blair, quando no governo, o que não consegue dominar é a forte oposição at large, tanto da BBC, do Channel Four, como de outros rivais impressos, o Daily Mail e o grupo dos títulos do The Guardian e do The Daily Telegaph, mas, acima de tudo, do influente cineasta e igualmente vice.presidente do Channel Four, Lorde Putman! E, com a aparente benesse do Primeiro-Ministro, David Cameron, foi esta sólida oposição que obrigou o governo a remeter a decisão, via Ministro do Comércio e da Indústria, o liberal-democrata Vince Cable, a delegar a nova tentativa de aquisição, para o grupo regulador independente, OFCOM, a quem compete a decisão final, salvo semelhante apoio da Comissão Europeia cuja decisão é esperada até finais deste mês. Recorde-se que os liberais-democratas, coligados no governo com os conservadores, opõe-se ao grupo de Rupert Murdoch. Não surpreende a recente reacção do magnate, quando tomava parte numa homenagem à antiga primeira-ministra, a actual Dama Margaret Thatcher, aliás então ausente no hospital devido a um forte ataque de gripe, em que acusou os seus detractores de “pequenos pensadores” e “tentar restringir o crescimento” (económico).

Quando a Sky Televison, estação de satélite, foi adquirida pelo Grupo de Rupert Murdoch, News Corporation, em 1983, e os programas lançados em Março de 1989, batendo a séria concorrente British Satellite Broadcasting (BSB), inaugurada em Abril de 1990, duvidava-se seriamente do seu sucesso. Primeiro pelo facto de ser uma nova tecnologia, dependente de novos receptores, cujo custo era ainda proibitivo. Segundo devido ao importante hábito do público na dependência das estações terrestres, cuja programação, em termos de recepção, não só atingia todo o país, mas particularmente a popularidade dos conteúdos quer da BBC quer da sua principal rival comercial, ITV. Porém, com a vantagem de um ano de avanço da Sky, mas, acima de tudo, devido às dificuldades técnicas enfrentadas pela BSB com os seus receptores, cuja tecnologia era completamente diferente da Sky, aliada a um excelente marketing, em que o Grupo de Murdoch é notável e comprovado no Reino Unido com jornais como o The Sun e News of the World, estava-se longe de, um ano depois, principalmente devido à direcção do até então desconhecido no Reino Unido, Sam Chisholm, cujo sucesso de 25 anos, na Austrália, à frente do Channel Nine, contemplara o sucesso da Sky, apenas um ano depois, obrigando a BSB a negociar a fusão com a Sky, em Novembro de 1990. Desde então, sem dúvida nenhuma, graças à acção de Chisholm, em 1992, a BskyB, atinge significativa margem de lucro – 180 milhões de euros, garantindo a cobertura dos jogos da então Primeira Liga, repetida, com enorme sucesso, no ano seguinte, mas com o prémio a dobrar! Com a aquisição da transmissão exclusiva tanto de jogos de criquete, de râguebi e de box, bem como de filmes acabados de estrear, a Sky tem se notavelmente imposto, adquirindo, igualmente canais noutros países, como é principalmente o caso da Itália. Com o aumento significativo de subscritores, faseados em vários escalões, dependendo dos pacotes de acesso, cujo preço mais elevado é de 60 euros mensais, com acesso a filmes, desporto e entretenimento, bem como a centenas de outros canais diferentes e pertencentes a outras companhias, nomeadamente a Disney, CNN, Discovery. National Geographic, etc. a Sky não tem limites! Não surpreende que esteja decidida a adquirir a totalidade do precioso bolo chmado BskyB, por 9.6 milhões de euros. Para isso, porém, tem que bater uma aguerrida e enorme oposição!

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