quinta-feira, 24 de junho de 2010

AS SANGRENTAS CHAGAS DA IRLANDA DO NORTE

AS SANGRENTAS CHAGAS DA IRLANDA DO NORTE

Nos 45 anos de vivência no Reino Unido, a maioria dos quais intensamente absorvidos na observação, mas acima de tudo, na interpretação e transmissão dos factos, quer por via radiofónica quer escrita, ou até através da imagem, a Irlanda do Norte e as suas, mui britânica e eufemisticamente cognominadas “troubles” (agitações ou preturbações), ocuparam e impressionaram não o jornalista, mas o preocupado ser humano durante ltrês décadas. As notícias, corroboradas pelas várias visitas aos pontos fulcrais das lutas intestinas e das múltiplas conversas tanto com militares como, e principalmente habitantes, dominaram o nosso intenso trabalho jornalístico. Na nossa retina e mente, porém, a imagem de um audacioso homem, um ousado pacificador pároco, então Dr- Edward Daly e actualmente bispo de Derry, de lenço branco na mão, seguido de um grupo de homens que transportava um jovem ensanguentado e exchangue no frio e fatídico domingo, 30 de Janeiro de 1972, na segunda principal cidade norte-irlandesa, a noroeste de Belfast, Londonderry (para os britânicos, mas que os norte-irlandeses insistem chamar apenas Derry), por ser prelúdio do sangrento episódio que ficaria conhecido por “Bloody Sunday” (Domingo Sangrento), jamais se esvaírá. Embora a chacina, em que pereceram 13 pessoas, sete das quais jovens de 17 anos, morrendo outro, dos ferimentos, poucos dias depois, e 27 feridos, provocada pelos tiros dos comandos britânicos ali estacionados, não fosse a maior dos sangrentos 30 anos de história daquele belo território, ela deu lugar ao virar de uma negra página e à abertura do trágico e sangrento capítulo que se seguiria, desmembrando por completo duas comunidades. Se prelúdio do maior e longo sangrento historial, “Blood Sunday” daria lugar ao maior e mais intenso recrutamento do até ali praticamente adormecido IRA, ou PIRA (Exército Provisional Republicano Irlandês), como preferem chamar na Irlanda do Norte. Da que fora a apenas, e até ao bairro de Bogside, pacífica manifestação organizada pelo Gupo de Direitos Civis, composta por entre 5,000 e 20,000 pessoas, a pretexto de que tiros teriam sido disparados pelos manifestantes, as três dezenas de militares, por ordem do imediato comandante, coronel Derek Wilford, mas contrariando ordens superiores anteriores, decidiu atirar sobre os desarmados manifestantes, dando lugar a um dos piores capítulos da história militar britânica.
A chacina teria repecursões imediatas, provocando o que seria o primeiro processo investigativo judicial liderado pelo Juiz Supremo, Lorde Widgery. Porém, ao ser divulgado, em 1972, defendeu os comandos e culpou os manifestantes, que afirmou serem “terroristas armados” provocando enorme clamor e revolta em toda a população católica, principal e compreensivelmente entre as famílias das vítimas que o classificaram de “enorme afronta”. Perante os enormes protestos, e contrariamente à oposição, principalmente dos militares, o então primeiro-ministro, Tony Blair, um dos principais mentores do Processo de Paz, foi corajoso ao decretar novo e mais completo inquérito judicial que teve início em 1988 sob a tutela de Lorde Saville. E inicialmente orçamentado em 15 milhões de euros, para ser apresentado dois anos depois, porém, volvidos mais dez, as tão detalhadas conclusões, em que foram ouvidas cerca de 2,500 testemunhas, incluindo 245 militares,505 civis, 33 chefes da polícia, figuras políticas, peritos forenses, jornalistas, sacerdotes, membros do IRA, incluino o actual vice-primeiro-ministro da Irlanda do Norte e na altura segundo comandante do IRA em Derry, também participante na manifestação, Martin McGuinness, resultando em 160 volumes de minuciosa evidência, 30 milhões de palavras, 13 volumes de fotografias, 121 gravações sonoras e 10 de vídeo, pelo astronómico custo total de aproximadamente 300 milhões de euros, Porém o relatório final principal foi sintetizado em 5,000 palavras, compreendendo 10 volumes de sólida evidência exonerando as vítimas do que classificou “injustificado” e “injustificável disparo”, fazendo questão de esclarecer que foram alvejadas pelas costas, acusando os militares por tão inaceitável chacina.
Como seria de esperar, as famílias das vítimas exultaram ao terem conhecimento do resumo final de tão longa espera, particularmente pela evidência da inocência dos seus ente-queridos, uma das suas longas reivindicações. Mas não só, ao ouvirem e verem, no vasto écran, junto ao local em que milhares se concentraram, precisamente na Praça do Guildhall, onde a fatídica manifestação deveria terminar, para celebrar tão memorável evento, o primeiro-ministro, David Cameron, na Câmara dos Comuns, solenemente, admitir a culpabilidade dos militares, pedir desculpa e concluír que o “que aconteceu no Domingo Sangreto foi injustificável e errado”, irromperam em aplauso com lágrimas à mistura! Resta saber se, como Tony Blair anunciou, ao determinar novo inquérito em 1988, com a Irlanda do Norte e gozar desde 1998, tão almejada e necessária paz, depois de morte de mais de 10,000 pessoas, em sua maioria civis, incluindo militares e polícias, se “o doloroso capítulo está para sempre encerrado”. Só o futuro, possivelmente próximo, o dirá. Enquanto há famílias que clamam pelo julgamento e condenação dos militares, principalmente o soldado, cuja identidade permanece oculta e apenas classificado por “F”, a quem é atribuído o assassinato de seis manifestantes, para os políticos, a decisão compete exclusivamente ao Promotor Público, que, aliás, afirma estar a considerar o assunto. Por enquanto, um dado promissor: a comunidade protestante, também uma das grandes vítimas, na pessoa do influente deputado, Gregory Campbell, aponta “esqueça-se o passado e olhemos para o futuro”!

sexta-feira, 18 de junho de 2010

OS INESCRUTÁVEIS MISTÉRIOS DA MENTE HUMANA

O condado de Cumbria (noroeste da Inglaterra), bela zona rural, igualmente famosa pelos seus lagos, com cenários que inspiraram pintores, e onde residiu, como também inspiraram, o célebre poeta britânico William Wordsworth (1770-1850), foi cenário manchado pelo taxista de 52 anos de idade, Derrick Bird. Munido de uma pistola e espingarda, da janela do seu carro, chacinou 12 pessoas na fatídica manhã de quarta-feira 2, deste mês. Em apenas uma hora matou 10, e feriu 25, 11 das quais hospitalizadas, algumas em estado grave, em trinta localidades, pondo, três horas e meia depois, finalmente, termo à vida, no mais ermo dos locais. Este acontecimento, numa região normalmente bucólica, compreensivelmente abalou não apenas uma comunidade, mas todo o país e prontificou as mais recônditas questões. De novo, crimes e criminosos em massa como este, prontificam a questão do nosso título! Porém, e por muito que o tentemos jamais obteremos a resposta adequada!

Mal o primeiro assasinato, o irmão gémeo, David, que ocorreu pouco depois das 0830, em Frizington, cinco outras premeditadas vítimas se seguiram, incluindo o advogado da família, Kevin Commons, e colegas taxistas, que atingiu no local habitual de Duke Street, na cidade de Whitehaven. Embora alvejando três, apenas matou dois, Darren Rewcastle e Darren Pears. Dali, desvairado, percorreu as estreitas estradas rurais do condado, num perímetro de 100km, matando, durante três horas, quem encontrava ou quem lhe dava na real gana, inclusive, um pobre ciclista reformado, nos seus exercícios diários, ou a infeliz senhora que, no passeio, se dirigia para visitar a irmã ou ainda o lavrador jogador-amador de râguebi que se encontrava no seu terreno. Embora a polícia procure as respostas para tão hediondo acto, particularmente quando Bird era tido como uma pessoa absolutamente normal e sossegada, e haja indícios tanto de disputas familiares de heranças, como acossado, e em vias de ser detido, por evasão fiscal, nada mais resta que o lamentável e negro registo de tresloucados na história britânica. Desde Jack - o Estripador, devido à forma bárbara, mas profissional, em como se desfazia das suas vítimas, pelo menos seis, e todas prostitutas, no bairro de Whitechapel (leste de Londres), entre Agosto e Novembro de 1888, e crime idêntico por parte de Peter Sutcliffe, ao matar 13 prostitutas, pelo que lhe valeu o nome de “Ripper de Yorkshire”, e a pena de prisão perpétua no Tribunal Central de Old Bailey, em Londres, em 1981; em Maio de 2010, a mesma cidade seria cenário de nova reincidência, desta vez, com a morte de três mulheres da mesma profissão, cujos corpos de duas ainda não foram encontrados, em que Stephen Griffiths, que se doutorava em Criminologia na Universidade de Sheffield, foi descoberto e acusado. Estas serializações de crimes, embora raras, sucederam-se às chacinas de Hungerford (Oxfordshire), em 1987, em que Michael Ryan matou 16 pessoas ao acaso nas ruas da vila, bem como em Dunblane (Escócia), numa escola da cidade, onde o que fora chefe dos escuteiros, Thomas Hamilton, em 13 de Março de 1996, matou 16 crianças e uma professora. Qualquer destes assassinos em massa evadiu-se à justiça matando-se a si próprios. Semelhante sorte teve o chamado “Dr. Morte”, o médico Harold Shipman, que, na prisão, e em vésperas do início do julgamento, apareceu enforcado na manhã de 13 de Janeiro de 2004, também um dia antes de fazer 58 anos e se encontrava detido no que poderia dar em pena de prisão perpétua, pela morte de 15 pacientes seus, todas senhoras, com injecções de diamorfina. Mas, segundo peritos em lentos e longos estudos, teria na realidade morto, pelo menos 215 pessoas, durante os 30 anos, em que exerceu clínica geral, principalmente em Hyde, na zona da Grande Manchester, no noroeste da Inglaterra. Antes, porém, há a assinalar o criminoso John Haigh, a quem foi atribuída a morte de nove mulheres ricas. Depois de beber o seu sangue cortou os corpos aos bocados decompondo-os em ácido. Foi enforcado em 1949. Seguiu-se-lhe o antigo polícia, John Reginald Christie a quem foi atribuída a morte de seis mulheres, em Londres, que depois de violar e estrangular escondeu os corpos debaixo do sobrado da sua residência, sendo enforcado em 1953. Aos namorados Ian Brady e Myra Hindley, deve-se a morte de, pelo menos, cinco crianças, em Oldham (Lancashire), entre 1963 e 1965, ao casal Fred e Rosemary West, o assassinato de 12 jovens, incluindo a filha, em Gloucester (oeste da Inglaterra) entre 1971 3 início de 1990. Ao funcionário público Dennis Nielsen, embora condenado em 1983 pela morte de seis homens homosexuais, suspeita-se que tenha degolado pelo menos 15 nas suas residências de Muswell Hill e Cricklewood (norte de Londres), durante a década de 70, de cujos corpos se desfez, quer guardando-os debaixo do sobrado quer cortando-os. Tanto este como o casal West foram condenados a prisão perpétua, embora Fred West se tenha suicidado na prisão.

Toda esta negra lista prontifica as habituais questões, “porquê, porquê?” Questões que os psicólogos não se cansam de esmiuçar, embora, cientifíca e historicamente todos saibamos que o Homem, do Reino Animal, é o que mais mata o seu semelhante, quer a nível individual quer colectivamente em guerras. Inescrutáveis mistérios da mente humana!

sexta-feira, 11 de junho de 2010

O DESPERTAR DA SONOLENTA E HISTÓRICA WOOTON BASSETT

Wooton Bassett, até há poucos anos pacata e adormecida vila saxónica, originalmente chamada Wodeton, do belo Condado de Wiltshire (sudoeste da Inglaterra), remonta a 681, mas que em 1200 foi doada ao Lorde Alan Bassett, e daí o nome, tem outro predicado histórico – o de estar ligada a uma das oito mulheres de Henrique VIII, Catherine Parr, que residiu na vizinha Mansão Vastern. Actualmente com 11.043 habitantes, Wooton Bassett conhece novo e importante predicado – a Hospitalidade e Honras Fúnebres aos Herois das Batalhas Britânicas.
Devido à sua vizinhança da Base Militar da RAF de Lyneham, também conhecida pelo aeroporto de destino e de regresso dos soldados mortos nas operações militares, primeiro no Iraque e actualmente, quase diariamente, no Afegasnistão, Wooden Bassett, assumiu nova e importante prominência e notoreidade pelas cada vez mais frequentes imagens na televisão, com a chegada dos caixões dos soldados mortos. A rua principal deste vilazinha, e os seus habitantes, fazem questão de receber e homenagear os féretros dos herois, em sua maioria jovens, caídos em combate, particularmente na região de Sangin, na província de Helmand, no sul do Afeganistão.
Tradicionalmente, a fila de carros negros, em passagem lenta, liderada por austero mestre de cerimónias, trajando negro e de alta cartola, não faltando bengala ou chapéu de chuva, pára no meio da rua da vila para receber a primeira homenagem da população civil, bem como militar, geralmente colegas, que formando ala, reconhecida e agradecida, coloca, no meio de lágrimas, uma a uma, rosas e outras flores, cobrindo totalmente os veículos. Entretanto, como cenário habitual, os transportadores de bandeiras, geralmente dos principais regimentos a que os homenageados pertenciam, baixam-nas como prova de homenagem e respeito. Wooden Bassett, faz, assim, questão de ser actualmente a primeira a homenagear os herois que regressam, sem vida, e que dali partem para os locais onde residiram com os seus ente-queridos, pais, mães, irmãos, mas especialmente esposas, agora viúvas, e seus filhos, muitos deles que nasceram sem os pais os terem conhecido em vida. Em reconhecimento a este elevado espírito de solidariedade, a 12 de Outubro de 2008 as Forças Armadas fizeram questão de desfilar pela vila a fim de agradecer aos seus habitantes tão prestimosos apoio. E, em Maio de 2009, a Royal British Legion, organização civil de beneficência a favor dos militares reformados ou mortos e suas famílias, homenagearam a vila com sentida Condecoração. Popular homenagem foi-lhe igualmente tributada em Março de 2010, por milhares de motards num desfile em que grangearam 15 mil euros para a Royal British Legion. Mas o maior tributo, partiu de Isabel II, que, embora raro, mas à semelhança de outras vilas ou cidades lhe foi outorgado o título de Real Wooton Bassett. Porém, em 2009, o grupo islâmico Islam4UK, num país democrático como aqueles que não o eram dos países de que foram oriundos, provocaram compreensível revolta do país inteiro ao insistirem numa manifestação na vila, intenção resistida pelos seus habitantes que ameaçaram desertá-la e, como sinal de protesto, levantar vedações nas ruas principais. Depois do Iraque, o Afeganistão, e principalmente Sangin, na província de Helmand, é actualmente cemitério da juventude militar britânica. Até agora, ali morreram ou mais tarde pereceram nos hospitais do país, quase 300 militares, descontando, claro, os inúmeros feridos, muitos deles graves, em sua maioria desfigurados ou sem membros - pernas e/ou braços. e que, a demonstrar contínua bravura, procuram adaptar-se à nova, mas trágica situação.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Sós ou (Mal) Acompanhados?

Na capa de um dos recentes números da conceituada revista National Geographic (edição em Inglês), perguntava-se “Estaremos sós?”. O seu interior, era complementado por extraordinárias montagens e fotos. Porém, agora, graças à avançada tecnologia, aos inúmeros satélites, mas principalmente à sofisticadíssima aparelhagem óptica, lançada a milhares de quilómetros no espaço, da possível ficção passou-se à realidade, como muito bem se aponta na referida reportagem. Nela se refere, por exemplo, que até agora os astrónomos conseguiram identificar mais de 370 classificados “exoplanetas”, ou seja, planetas fora do Sistema Solar. Em relação a Saturno, verifica-se agora que, estando à distância de 260 anos-luz da Terra, (*) encontra-se acompanhado por outro satélite quente, afastado, e rodopiando a cerca de 150 anos-luz daquele, que numa rotação nos nossos termos, de um ano, lá, dura menos de três dias! O objectivo dos cientistas, que na Lua já descobriram a existência de algo semelhante à água, é encontrar planetas idênticos à Terra. Caso concreto, é a descoberta no satélite Europa, a lua do Planeta Júpiter, quase idêntico à Terra, em termos de tamanho, conta com um vasto oceano de água, com a profundidade aproximada de 100km. A questão, a grande questão, é saber se contem suficiente oxigénio indispensável à vida. Outro enorme planeta, o já menciondo Saturno, aquele de vastos aneis, igualmente se sabe conter àgua, mas esta é gelada e que não permite qualquer qualidade de vida. A procura continua e graças aos enormes avanços da Cosmografia, muito há a percorrer, quando, apenas 11 dos 370 distantes planetas, enormes e luminosos, foram detectados pela técnica espectoscrópica Doppler.
Vejamos, portanto, a tecnologia reveladora de tais maravilhas. Ao satélite francês, COROT, por exemplo, agora na fase final de vida de três anos, deve-se a descoberta de sete exoplanetas em trânsito, um dos quais é 70% maior que a Terra. Porém, o satélite americano, Kepler, lançado a partir da base do Cabo Canaveral, nos Estados Unidos da América (EUA), em 12 de Março do ano passado, é, nada mais nada menos que uma potente câmara digital de .95 de abertura e com um detector de 95 megapixeis. Obtém fotos de uma largura vastíssima, de trinta em trinta minutos, captando a luz de 100.000 estrelas, num simples trecho do firmamento, entre as brilhantes estrelas Deneb e Vega. A ele, se deve, segundo a notícia divulgada pela Sociedade Americana de Astronomia, em Washington, em 4 de Janeiro´passado, a detecção dos seus cinco primeiros planetas fora do sistema solar, com tamanhos que variam entre uma dimensão semelhante a Neptuno e uma maior que Júpiter. Chamados Kepler 4b, 5b, 6b, 7b e 8b, a sua descoberta resulta de cerca de seis semanas de recolha de dados desde que as operações científicas começaram, a 12 de Maio de 2009. No entanto, são todos demasiado quentes para conter vida, salientam os responsáveis pela missão. As temperaturas estimadas nos exo-planetas variam entre os 1200 e os 1648 graus Célsius.A estes, juntam-se aos 415 exo-planetas já detectados desde 1995, graças a outros telescópios. Aos computadores, em Terra, compete decifrar o brilho de todas as estrelas, alertando os cientistas, ao detectarem a menor cintilação que possa assinalar o trânsito de um planeta. Outro passo tecnológico, assás igualmente importante, foi a actualização, em Maio do ano passado, do Telescópio Espacial Hubble, pelos astronautas. Graças a novos e mais sofisticados mecanismos, como lentes mais potentes, além de prolongar a vida deste excepcional equipamento espacial, obtêm-se imagens mais nítidas e novas galácias. Porém, com o anunciado telescópico gigantesco, E-ELTE, de 42 metros de diâmetro de abertura, a instalar nas montanhas chilenas, aumenta a expectativa dos astrónomos. Possivelmente em saber mais sobre a Nebulosa Carina, a 7500 anos-luz da Terra e a multidão massiça de estrelas da constelação Omega Centauro, que pela primeira vez revela galácias, representadas por simples pontos de há 13.1 biliões de anos atrás, como aponta
o cientista Garth Illingworth da Universidade de Santa Cruz da Califórnia.
(*) Medida de distância astronómica igual à distância que a luz atravessa no período de um ano, ou
12km
seja, 9.463x10 , (1 pc = 3.26161.y ). A distância entre a Terra e a Lua é de 148.8 milhões de km