sábado, 13 de dezembro de 2008

PIRATARIA MODERNA PROLIFERA

O mundo acordou ultimamente para o ressurgir da pirataria, principalmente depois do audacioso assalto, há três semanas, ao largo de Mombaça, no Quénia, por piratas somális, do navio-tanque gigante saudi, Sirius Star. Embora com bandeira de conveniência nigeriana, com a preciosa carga de petróleo no valor de 150 milhões de euros, esta grande embarcação - com 330 metros de comprimento, 300 mil toneladas de peso bruto e capacidade para transportar dois milhões de barris de crude, no seu conjunto, incluindo o valor do vaso marítimo, os piratas apoderaram-se de uma propriedade orçada em 350 milhões de euros sobre a qual contavam inicialmente estorquir 25 milhões de dólares, mas reduzido agora para 15 milhões. Dentre a tripulação encontram-se dois oficiais britânicos, Peter French e James Grady, que, na quarta feira passada comunicaram com o canal ITV1 da Televisão Britânica. Esclarecendo que se encontram bem informaram que o assalto, inesperado, fora rápido.
Num mundo já preocupado com actos terroristas, o último dos quais, na quinta-feira passada, em Mobai (antiga Bombaim) em que morreram pelo menos 101 pessoas e centenas de feridos, principalmente sem se saber onde e como surgem, este ataque naval, pela sua audácia, e em pleno mar alto, surpreendeu o mundo inteiro, particularmente comercial e marítimo, aumentando, assim, o risco mundial e particularmente devido às novas medidas de protecção a tomar. Por tudo isto, persiste o sério risco de outros elevados custos. Referimo-nos tanto ao da protecção marítima como dos prémios de seguro da carga e dos navios que a transportam, que forçosamente, para evitá-lo, os armadores terão de preferir outras rotas menos perigosas, que por serem mais longas, terão obviamente de se reflectir no preço do transporte e, consequentemente, no preço da carga nos respectivos mercados. Actualmente, cerca de 16.000 navios mercantes dependem deste curto itinerário através do Canal do Suez.

Este ataque, porém, não foi isolado. Se, durante o ano passado, segundo a TIME (11 de Agosto de 2008), houve 263 sequestros, tanto nas águas da Somália como da Nigéria, este ano, desde Janeiro, segundo a Agência Marítima Internacional, com sede em Kuala Lumpur, registaram-se 95 assédios de pirataria na zona. Deste total, 39 navios foram sequestrados. Se a maioria dos casos tenha sido resolvida a contento dos assaltantes, com o consequente pagamento de avultados e desconhecidos resgates, que segundo o Instituto de Relações Internacionais, vulgo Chatham House, notável instituição londrina, que estuda e debate focos de instabilidade internacional, são calculados entre 18 e 30 milhões de dólares, até ao momento em que escrevemos, excluindo o navio grego "MV Genius", mas com bandeira nigeriana, retido desde Setembro e resgatado na semana passada, 16 vasos marítimos permanecem ainda em poder dos assaltantes, incluindo 300 membros das respectivas embarcações, a aguardar solução. Dentre eles encontra-se o navio-tanque ucraniano, MV Faina, com o carregamento de armas e munições, incluindo 33 tanques da era soviética, assaltado em 25 de Setembro, mas recentemente resgatado por avultada, mas desconhecida quantia. Escassos dias depois, foi anunciada também pela Agência Marítima Internacional, a detenção, no Golfo Somáli de Aden, de três outros navios. Um registado em Hong Kong, com 36.000 toneladas de cereais destinados ao Irão e com a tripulação composta por 25 pessoas, o segundo um navio de pesca registado na Tailândia, e o terceiro de matrícula grega, com tripulações que totalizam 64 pessoas. Há dias, também, foi afundado, a 500 quilómetros do porto omenita de Salalah, no norte do Golfo de Aden, pela marinha indiana, um navio-mãe pirata (abastecedor dos atacantes), e oito assaltantes somális que se preparavam para tomar um luxuoso iate francês, foram detidos e aguardam julgamento no Quénia.
Não obstante a presença de patrulhas navais tanto britânicas (de que fazem parte os comandos especiais da SAS, que, na semana passada, também mataram três indivíduos identificados como piratas), como dinamarquesas, japonesas, francesas russas, e americanas (5ª Esquadra Naval destacada no Mediterrâneo), a situação parece insolúvel. Segundo o comodoro britânico da Marinha Real, Keith Winstanley, vice-comandante das Forças Marítimas Combinadas, estacionadas no Médio Oriente, e responsáveis pela protecção naval da região afectada, além dos piratas disporem de meios sofisticados e armados até aos dentes, bem como de meios logísticos e de comunicação de ponta, para as forças de segurança, é impossível estarem em todo o lado. Desabafando, afirmou que “os piratas deslocam-se com naturalidade e frequência a locais onde não nos encontramos. Se patrulhamos o Golfo de Aden, vão para Mogadisho e, se vamos para ali, voltam para o Golfo de Aden”.

Como se vê, esta invulgar actividade predomina no litoral da Somália, e numa zona marítima em que 90% do comércio marítimo internacional circula. Lembrêmos que a Somália é um país que desde 1991 se mantem sem governo, e Puntland é a zona-epicentro da explosão de pirataria. Abandonada à sorte de poderosos e bem armados gangues, se, como se sabe, a Somália era já conhecida sepultura de soldados americanos e alfobre de notáveis grupos terroristas aliados à Al-Qaeda, a quem se devem os assaltos simultâneos à bomba às embaixadas dos Estados Unidos da América (EUA), tanto no Quénia como na Tanzania, em Agosto de 1998, que as deixaram praticamente destruídas e que provocaram a morte de 224 pessoas. Além disso, devido à notória instabilidade no país, impossibilita as agências internacionais de assistência a ajudar a carecida população, composta por 200.000 refugiados, principalmente no acampamento de Daddad, a cerca de 100km sul da fronteira com o Quénia, com a agravante de, pelo menos, 5000 novos refugiados afluirem todas as semanas.

Com chefes de gangues-piratas poderosos, como Sugule Ali e Bile Vadani, a contactar e a negociar por meio de caríssimos telefones por satélite com os donos das suas preciosas presas, e a garantirem que não vão abdicar de tão precioso meio por ser o que afirmam, único meio de sobrevivência, esta nóvel actividade na Somália constitui um novo e importante desafio a todas as potências comerciais e, principalmente aos EUA, à União Europeia e, sem dúvida à própria NATO, que está a ponderar sobre meios de acção adequados.

A pirataria marítima, porém, tal como a prostituição, não é nova. Se filmes de piratas, como a bem sucedida série de Piratas das Caraíbas, em que o artista Johnny Depp é o principal protagonista, atraem inúmeros espectadores do mundo inteiro, já Homero e Cícero apontavam incidentes que envolviam tanto marinheiros gregos como romanos. E, se, mais tarde, os europeus ocidentais sucumbiram aos vikingos, monarcas como Isabel I da Inglaterra, frustrados pela predomância marítima espanhola arrolavam aventureiros para assaltar os navios daquele país com preciosas cargas, dentre eles, consta o pioneiro, também inglês, Edward (cognominado Blackbeard - o barba preta ) Teach, particularmente notável em 1716.

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

BABILÓNIA - A TRAGÉDIA DA DESTRUIÇÃO DE UMA IMPORTANTE CIVILIZAÇÃO - Notas sobre uma notável Exposição

Há durante mais de dois milénios que o mito chamado Babilónia persegue a insaciável imaginação europeia. A Torre de Babel, os Jardins Suspensos o Banquete de Baltazar e a Queda de Babilónia inspiraram artistas, escritores, poetas, filósofos e realizadores de cinema. Porém, graças à arqueologia, desde e depois dos últimos dois séculos, a verdadeira Babilónia começou, peça por peça, laboriosa e paulatinamente a ser revelada. Capital imperial, grande centro de ciência, arte e comércio, porém, a atenção, mas sobretudo a preocupação do mundo científico-arqueológico pela ameaça que começava a despontar, não só acerca da arqueologia de tão magnífica e famosa capital, mas sobretudo pela vasta região histórica da Mesopotâmia, actualmente Iraque, que começou a surgir principalmente a partir de 2003.

Por tudo isto, numa iniciativa a cargo do mundo artístico internacional, gerou-se um movimento liderado pelo Museu Britânico, Museu do Louvre e o Museu Vorderasiatisches de Berlim, através da montagem de uma, que se torna notável exposição, na qual se explora a continuação do diálogo entre a Babilónia e a nossa imaginação, mas agora, com base na evidência histórica de uma das grandes cidades da antiguidade, particularmente no momento do seu apogeu durante o reinado de Nabucodonosor II e seu eclipse. É sobre esta mostra, que se encontra exposta até 15 de Março de 2009, que vamos dialogar e procurar comunicar aos que nos lêem. Venha dai!

Tintir, Alim, Bavel ou Babel ou ainda Atlal Bábil, respectivamente designação literária, antiga, nome hebráico ou, finalmente, árabe, Babilónia, que tanto consta na Bíblia (Velho Testamento) e largamente designada por símbolo bíblico de Prostituta, devido à sua luxúria e vício, foi a capital da Mesopotâmia desde o início do segundo milénio aos primórdios do primeiro BC. No seu apogeu foi capital da Caldeia e do império durante o 7º e 6º séculos BC, estendendo-se desde o Golfo Pérsico ao Mediterrâneo. Os seus resquícios alastram-se desde o Rio Eufrates, em cerca de 88km sul de Bagdade, até à actual e moderna cidade de Al-Hillah, (Iraque), berço da opulenta e antiga metrópole.

A exposição do Museu Britânico é dominada por três grandes temas: Torre de Babel, Jardins Suspensos, Banquete de Baltazar (com o Profeta Daniel de permeio) e o seu verdadeiro relacionamento à verdadeira Babilónia. Entre eles, predominam os grandes e principais soberanos, nomeadamente Nabucodonosor II (605-562BC), a quem se deve a reconstrução e o explendor da cidade que obedeceu ao desenho de Semiramis; Baltazar (553-529BC) e Ciro II (539BC), que a venceu, deixando aos seus sucessores, principalmente a partir de Alexandre o Grande, que ali morreu em 323BC, quando deixou de ser capital, para caír no esquecimento. Enquanto se faz questão inicial de que com a excepção dos Jardins Suspensos, os quais prevalecem só na imaginação, as restantes atracçções desta histórica e imponente capital foram comprovadas por documentação descoberta nas escavações, iniciadas principalmente por arqueologistas alemães a partir do início de 1900.

Antes das escavações e investigações arqueológicas dos séculos XIX e XX, o conhecimento que se tinha da Babilónia dependia da Bíblia e dos textos provenientes dos antihos historiadores gregos. Como resultado, predominavam fantásticas lendas, embora muitas delas com base na realidade histórica de tão vetusta capital. Obviamente, na exposição, predomina o imaginário. Desde as várias interpretações sobre a Torre de Babel, primeiro de Pieter Bruegel, de 1563, o trabalho em gravura de Cornelius Anthonisz Teunissen (1547) e a gravura de J.A.Delbenbach, baseada num desenho de Bernhard Fisher von Erlach de 1721-1723, sobre os Jardins Suspensos, bem como a magnífica interpretação do mesmo tema de autoria do pintor Johann Georg Schmidt, de 1730 e dos muros da Babilónia de autoria de Philip Galle (1572) e de Antonio Tempesta (1608), bem como a pintura de Edgar Degas, artista fascinado pela iconografia assíria e ainda tanto a famosa interpretação do artista inglês William Blake, que retratou Nabucodonosor II como homem doido e aterrado, como a excelente pintora a óleo da artista Evelyn De-Morgan, intitulada Junto às Águas da Babilónia (1882-1883), em que retrata só mulheres a deleitar-se. Estes, bem como belos e espessos volumes, cheios de iluminuras como a de autoria de Jean de Courcy, intitulada “La Bouquiharlière” (1460-1470), pelo menos outros dois belos trabalhos a óleo, um de Daniel na Cova dos Leões (de autoria de Briton Piviere - 1872) e a que consideramos extraordinária, enorme e detalhada pintura do Banquete de Baltazar, intitulada O Escrito na Parede (1820-1821) em que o autor inglês, John Martin, magistralmente reúne os principais, mas inúmeros detalhes do seu tema, como a mesa coberta com os cálices do Templo de Jerusalem (cidade que conquistou e destruíu em 587BC, pilhando tudo o que pôde e fazendo da população escrava que transportou para Babilónia e que só foi libertada depois da conquista por Círo II) sobre a qual se encontra o Profeta Jeremias a advertir o soberano, bem como o famoso cálice do Templo, parte da cidade, o rei e os seus principais aios.

A Babilonia real, porém, não fica atrás. Além das inúmeras tabletes cuneiformes e sinetes reais salientam-se os belos e extraordinariamente bem preservados frisos em tijolo esmaltado. O verdadeiro forte de reconstrução são, primeiro a bela maquete da imponente avenida, com paredes de 13 metros de altura, nas quais estavam expostos, em tijolo esmaltado (transportados, um a um, para Berlim e presentes na exposição), uma técnica avançadíssima para a época, o famoso leão e dragão, que conduzia à explendorosa Entrada Ishtar Ao fundo, na praceta Esagil (que significa o edifício cujo topo é elevado) pode ver-se o famoso zigurate, ou templo, que deu origem à Torre de Babel, que na Bíblia é tipificada como “vaidade e orgulho humano”.

Além do testemunho científico oriundo desta notável civilização (arte de medição das superfícies, relógios solares, as doze divisões do dia, que se julgavam ser oriundas da Grécia, via Egipto, o zodíaco e os respectivos sinais, bem como o horóscopo); como literário (invenção da escrita pelo sistema heroglífico, como o criação do alfabeto aramáico), são devidamente destacados.

A exposição encerra com um duro aviso sobre os danos, alguns irreparáveis para a reconstrução desta preciosa e única dádiva histórica, causados por seres humanos. O primeiro, a culpar é Saddam Hussein, que na sua ânsia de reviver os gloriosos tempos dos seus poderosos antepassados reconstruíu, mas mal, destruindo as bases originais, monumentos na Babilónia primitiva, bem como palacetes e, o segundo factor à invasão do Iraque, em que as forças de ocupação, principalmente as americanas, continuaram a destruição, construindo quarteis e bases de helicópteros nas zonas da antiga cidade e que agora não podem ser escavadas para recuperação arqueológica, em que principalmente o Museu Britânico está particularmente empenhado.

Segundo o director da exposição, Irving Finkel, que desde 2003 tem estado envolvido com colegas iraquianos na recuperação do que tem sido possível dos tesouros arqueológicos da vetusta e antiga civilização, referindo-se particularmente às tropas americanas, “a grande tragédia foi não terem consideração absolutamente nenhuma sobre o que estavam a destruír. Não era apenas questão de uma ou duas barracas, mas estamos a falar de bases de helicópteros e valas.” A este crime, acrescente-se a pilhagem desenfreada aos memoráveis museus, principalmente de Bagdade, e às incalculáveis riquezas deste berço da civilização, principalmente depois da invasão, em que não se procurou proteger tão precioso acervo histórico-cultural universal.

domingo, 23 de novembro de 2008

Petróleo, Petróleo! – esboço histórico

Agora que os preços baixaram, e quando tudo apontava para uma escalada descabrida, recordemos os modestos inícios do chamado “ouro negro”.

As primeirs prospecções devem-se ao “Coronel” E.LK.Drake, em Titusville, Pennsylvania, EUA, em 1859. O então chamado “rock oil”, o óleo das rochas, para o distinguir do sucedânio animal ou vegetal, longe de ser o mais disputado combustível era tido como remédio para a cura de todas as maleitas. Porém, dada a escassês de gordura das baleias que até então era a indispensável obra prima para as candeias de iluminação e descobertas as novas qualidades do viscoso produto, o petróleo deu início à corrida hoje de todos conhecida. A procura, imediatamente deu lugar à multiplicidade de torres de extracção por todos os recantos petrolíferos do que viria a ser um dos mais ricos Estados do país. Porém, a ganância logo deu lugar à superprodução, provocando a vertiginosa queda do preço. Os barris de madeira do uísque, que serviam para o transporte do petróleo eram mais caros no dobro do produto que continham! E, por falar de barris, aqui surge outra história. Embora os barris tivessem deixado de ser usados para o petróleo, que a partir de 1880 é transportado em navios-tanques, com a capacidade de até quatro milhões de barris, ou em oleodutos, que começaram a ser lançados em 1870, e depositado em enormes depósitos nas refinarias, o produto continua a ser medido em “barris”, ou seja, unidades de 160 litros, com a excepção do Japão que se baseia em quilolitros e, a Rússia, em toneladas métricas.

Entretanto, com Henry Ford a lançar em Detroit automóveis das suas linhas de montagem, em 1905, que dependeriam de gasolina, o petróleo tornar-se-ia no combustível até hoje indispensável. Não surpreende que a busca pelo precioso líquido, noutros países, tornar-se-ia imperiosa. A iniciativa, ficou a dever-se a empresários-prospectores britânicos como George Reynolds e William D'Arcy, que se viraram para o deserto da então Pérsia, depois de muitas tentativas e prestes a enfrentar falência, a 26 de Maio de 1908, com o gigantesco esquichar do furo, se tornaram milionários, formando a Anglo-Persian Oil Company, que daria lugar à actual BP. Antes deles, porém, o então jovem de 25 anos de idade, John Rockefeller, fazia nome...e fortuna com a formação da Standard Oil Company que deteria o control, em cerca de 90%, do produto refinado, mas que se viria a dissolver em 1911.

Pouco depois, surgiria o autor da famosa “Linha Vermelha"- Calouste Sarkis Gulbenkian. Quando, com apenas 22 anos, de visita à Transcaucásia, apercebendo-se do enorme potencial do petróleo, 38 anos depois, lançaria o seu famoso traçado. Possuído de enorme fervor pioneiro e lutando contra todas as marés do cepticismo financeiro de então sobre o futuro do que viria a ser "ouro negro", aliado a enormes dotes diplomáticos, a exploração do traçado daria lugar à formação da Trade Petroleum Company, que ajudou a formar. A partir do Mar Negro, a norte, incluindo Istambul, estendendo-se ao sul até ao Mar Arábico, abraçando a Síria, o Iraque, Arábia Saudita, Oman e Muscat, e limitada a ocidente pelo Mar Negro e, a Leste, desde a Rússia, Curdistão, a então Pérsia, excluindo o Quaite, e limitada pelo Golfo Pérsico, o interior deste famoso traçado serviria, igualmente, de cobiça aos Estados Unidos no qual, infalivelmente, viriam a participar. Como resultado, e embora com a participação inicial de 15% dos rendimentos, Calouste Gulbenkian limitou-se a receber perpetuamente 5% dos lucros da extracção do petróleo proveniente do interior da vasta zona, o que também lhe valeu o famoso cognome do "Senhor Cinco Por Cento".

Porém, a OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo), cartel, formado pelos principais países produtores, de que a Arábia Saudita é a principal, e que passaria a controlar tanto a extracção como o preço do produto, só seria formado, com a forte oposição dos EUA, em 1960.

Com o consumo mundial diário de 85 milhões de barris, o petróleo, em termos de carga, ocupa o terceiro posto ido transporte internacional.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

ESTE MUNDO EM QUE VIVEMOS

ÀGUA...MUITA ÁGUA!

Dos 1.260.000.000.000.000.000.000 litros de água que existem no nosso planeta, 290.000.000.000 são diariamente consumidos pela companhia Coca Cola, que vende 1,5 biliões de refrigerantes por dia, em 200 paises (dados de 2006).

INTERNET

Google domina!
Em 2007, a Google era detentora de 62% dos motores de busca, comparados apenas 16% da Yahoo! e da Microsoft em conjunto. Em contrapartida Yahoo! Mail e a Microsoft Hotmail dominam em termos de serviço de e-mails na Web, em que a primeira se distancia em relação à segunda.

China surpreende
Até Fevereiro deste ano, 220 milhões de chineses serviam-se da internet, ultrapassando, pela primeira vez, os Estados Unidos que até 2007 detinham o recorde de 216 milhões de utentes.

Mas a Indonésia dá o exemplo!
Um milhão de “sites” banidos em todo o país com a nova lei em vigor contra conteúdos pornográficos e violentos
E os transgressores estão sujeitos a seis anos de prisão!

CASINOS FAZEM MACAU PARAÍSO DOS RICOS

O Produto Nacional Bruto (PNB) de Macau é de 36.357 EUA dólares per capita graças aos seus casinos, cujos 19. 078 residentes por quilómetro2 ultrapassou Mónaco, fazendo desta antiga colónia Portuguesa uma das mais ricas da Ásia.

CORRUPÇÃO- Exemplo da China

Enquanto o dirigente máximo do Partido Comunista de Xangai, Chen Liangyu, foi condenado em 18 anos de prisão por corrupção, ao apoderar-se de 4,8 biliões de EUA dólares em proveito próprio, 22 congressistas do Congresso Nacional do Povo foram suspensos e expulsos do Parlamento Nacional durante os últimos cinco anos por corrupção.

OS ÍNDIOS MEXICANOS E O DIABO

Os índios mexicanos Tarahumara, de Guageuyvo, Sierra Madre (noroeste do México), durante a Semana Santa fazem rufar os tambores durante três semanas a fim de “evitarem que Deus durma uma vez que o Diabo faz das suas durante esta época do ano”.

AVES, ESSAS GRANDES VÍTIMAS...

A luz artificial das grandes urbes provoca a morte annual de, pelo menos, 100 milhões de aves, em sua maioria aves cantoras, em vôos de baixa altitude, ao chocarem em estruturas construídas pelo homem.

...MAS TAMBÉM MATAM COM A FEBRE AVIÁRIA

Segundo a Organização Mundial de Saúde, desde 2003 morreram 241 pessoas. Não surpreende que, para evitar mais mortes, a Coréia do Sul mandou matar 15.000 galináceos num só dia!

POBRES ELEFANTES MARINHOS

A minúscula Geórgia do Sul (parte das Falklands/Malvinas), a 1500 km da plataforma continental da Ámérica do Sul e particularmente de Tierra del Fuego, é atracção dos elefantes marinhos, particularmente 400.000 desses monstros, geralmente de quatro toneladas de peso cada, que para ali emigram na época de procriação, nos meados de Setembro. Depois da habitual batalha campal entre machos, na eterna disputa de dominância de harem, em que só um terço predomina, vencedores são reis. Não se contentando com apenas 30 fêmeas, a abundância de testoesterone justifica entre 300 e, em alguns casos, 1000 parceiras que ali acorrem a partir de Outubro. Passada a fase de namoro e já a pensarem no regresso ao mar, concebem os filhotes, que depois de três semanas, geralmente com 200kg de peso, graças ao extraordinário nível alimentar do leite das mães, são subitamente abandonados e deixados à sua sorte. Num ápice, ja com sémen a germinar novas crias, lançam-se ao mar dando início à longa marcha de 12.000km e a nadar a 1500 metros de profundidade.
Fontes: Cortezia tanto da revista TIME como da NATIONAL GEOGRAPHIC

OSTENTE A SUA “POPPY” (Papoila) COM ORGULHO

No início de Novembro, e até 11 do mês (data do Armistício de 1ª Guerra Mundial), os britânicos orgulham-se da ostentação da papoila artificial ao peito. Símbolo, e em memória dos milhões de soldados mortos em conflitos, desde os que caíram nos vastos campos de papoilas do Somme (norte da França) e de Flandres (Bélgica) durante a 1ª Guerra Mundial, cujos donativos revertem a favor da British Legion, a organização nacional de beneficência, que cuida dos soldados, ou na reforma ou feridos, bem como das viúvas e famílias.

domingo, 19 de outubro de 2008

Dados Biográficos

DADOS BIOGRÁFICOS

Nascido em Tonda, Tondela, a 9 de fevereiro de 1934, Gilberto Ferraz foi para Lisboa aos 12 anos de idade.onde passou a residir até que veio para a Inglaterra. Cedo se manifestou amante da leitura e interessado pelos acontecimentos nacionais e internacionais, não dispensando o jornal diário. Foi talvez por isso que reunindo colegas e amigos do colégio com eles discutia e partilhava este seu interesse promovendo a análise e discussão dos assuntos mais prementes, numa escola de mini jornalismo. Preocupado e apaixonado por assuntos da II Grande Guerra, cedo seguia com avidez o contemporâneo julgamento dos dirigentes nazis durante os julgamentos de Nuremberga. Já em Lisboa e depois de abraçar e militar no Protestantismo, foi jornalista do quinzenário Espada do Senhor cuja chefia ocupou durante cinco anos.

Em 1965, a convite da BBC veio para Londres. Inicialmente com contracto de quatro anos, ali permaneceu servindo a emissora britânica durante 30 anos, tanto na Secção Portuguesa, mas principalmente na Secção Brasileira. Além de jornalista, foi também responsável pelo Departamento de Estudos de Audiência de Língua Portuguesa (obviamente envolvendo as duas secções). Durante esse período conviveu com colegas que mais tarde se notabilizaram tanto em Portugal como no Brasil. Em relação ao primeiro, como exemplo, mencionam-se Joaquim Letria e José Rodrigues dos Santos e, no segundo, Vlado Herzog, o homem, cujo martírio, mais tarde, devido à tortura a que foi submetido num calabouço paulista, provocou o derrube da ditadura militar brasileira liderada pelo General João Baptista de Oliveira Figueiredo, dando lugar à restauração democrática do Brasil, liderada por Tancredo Neves, em 1985, e ao Brasil democrático que hoje conhecemos. Além das suas suas funcões profissionais foi eleito, e desempenhou voluntariamente, durante seis anos, o posto de vice-presidente da ABS (Association of Broadcasting Staff – Sindicato), mais tarde BECTU, e nos seguintes quatro anos e meio assumiu o posto de Presidente.

Na Inglaterra, além dos muitos cursos internos da BBC tanto sobre jornalismo como administração, obteve diplomas de Relações Públicas na actual City University e foi um dos primeiros alunos estrangeiros da Open University onde cursou Literatura do século XIX, História e Psicologia.

Como decano dos jornalistas estrangeiros em Londres representou-os em várias actividades, nomeadamente na que foi classificada “Luta do Telex”, numa altura em que só se dependia desse meio para o envio dos trabalhos e quando a recem privatizada British Telecom queria acabar com este serviço, como era frequentemente convidado pelo governo britânico a iniciativas então inéditas como era o caso de visitas a manobras tanto navais como militares em terra, NATO e forças britânicas, tanto na Grã-Bretanha como na então Alemanha Federal, fazendo inclusivamente parte das últimas grandes manobras das forças da NATO nas proximidades de Rendsburg, Schleswig Holstein e entrevistado tanto dirigentes políticos de vários países como comandantes e secretários-gerais da NATO. No domínio da defesa, considera particularmente notável o convite e encontro com o então ministro britânico de defesa, actualmente Lorde King, nas vésperas da primeira invasão do Golfo, em Dezembro de 1990, em que, no seu gabinete foi confidente de importante informação sobre o conflito, mas que, fiel às suas fontes e sendo uma conversa “off the record”, não a revelou.

Durante este período, e particularmente a partir da época de 80, foi várias vezes solicitado, com autorização da BBC, pelo Ministério Britânico dos Negócios Estrangeiros como tradutor e acompanhante em representação oficial britânica, de altas delegações oficiais tanto Brasileiras como Angolanas, Moçambicanas, São Tomeenses e Cabo Verdianas. Nessas funções, considera-se particularmente grato pelo seu modesto papel, particularmente quando, em relação ao Brasil, em que na altura o país passava por uma das suas maiores crises económicas, contribuíu para a concretização de avultados empréstimos por parte ds instituições financeirs britânicas. Quanto tanto a Angola como a Moçambique, considera-se influente no estabelecimento de relações diplomáticas entre aqueles países africanos e o Reino Unido, em cujas negociações esteve presente (acompanhando as respectivas delegações) desde
o início até à sua confirmação.

A partir de 1978, com a autorização da BBC, foi correspondente do Jornal de Notícias, (o primeiro correspondente de um jornal Português depois do 25 de Abril), posto que ocupou até 2005, desempenhou também idênticas funções tanto para a TSF Rádio Jornal, durante 10 anos, e sempe que solicitado, para a Rádio Televisão Portuguesa (RTP) desde 1989. Durante este período entrevistou as maiores e mais importantes figuras políticas do país, bem como estrelas e astros de cinema famosos e ainda os mais conhecidores directores mundiais.

Gilberto Ferraz é actualmente solicitado pelos media britânicos e internacionais, como rádio, televisão (BBC, ITV e Sky, jornais (The Guardian, The Daily Express, The Times) e publicações eruditas a comentar sobre assuntos relacionados com Portugal. O caso mais recente envolveu o desaparecimento de Madeleine McCainn na Praia da Luz.

Em 2005 foi agraciado com a Comenda do Mérito por “altos serviços prestados ao Jornalismo”.

Dentre os altos pontos da sua carreira, Gilberto Ferraz orgulha-se das reportagens que fez tanto sobre Timor-Leste como sobre o falecimento da Princesa Diana, ambas para o Jornal de Notícias de que recebeu louvores oficiais. Em relação a Timor-Leste contribuíu e influenciou a cobertura editorial da Secção Portuguesa ao ter conhecimento que a Resistência Timorense ouvia atentamente e gravava as suas emissões, aliás o único contacto que mantinha com o exterior. É também autor de Por Terras de Sua Majestade (que aguarda publicação), em que narra as suas longas experiências e observações de jornalista e comenta sobre importantes episódios da história do Reino Unido focando e analizando importantes aspectos da vida social, económica e política da actualidade o que faz desta uma importante obra sobre o Reino Unido num só volume.

Quanto a interessses pessoais, destacam-se: Leitura de obras históricas, biográficas, ciências sociais e de relações internacionais; jogging, e jardinagem.
Em relação a Preocupações, salientam-se: Meio Ambiente, problemas climatéricos, direitos humanos, fomes e populações desalojadas.

Resumé

Born in Tondela (Viseu), Portugal, on 9th February 1934, Gilberto Ferraz became interested in current and world affairs since is early boyhood and school days. After the classes, together with school friends and others current affairs were discussed as if it were a class on journalism. As a young boy became fascinated - and concerned - with the trials of the Nazi officers during the Nuremberg trials which he accompanied avidly. His passion for journalism became real when he moved to Lisbon and was named deputy editor of a then popular religious fortnightly, Espada do Senhor (Lord's Sword) in which he served over four years.


An Anglophile, came to England in 1965 and started working for the BBC, the then External Services, at Bush House, both in journalism and in charge of The Portuguese Language Services (Brazilian and Portuguese for Portugal and Africa) Audience Research, where he was for 30 years until his retirement. Amongst his later well known colleagues both in the Portuguese and Brazilian sections, as far as the former, names like Joaquim Letria, José Rodrigues dos Santos, just to name a few, and in the latter, the most missed wasVlado Herzog who went back to his native country and was arrested, tortured and killed by the then Brazilian Junta led by the General João Baptista de Oliveira Figueiredo on the false accusation of being a Communist Party member. His death provoked a worldwide outcry and in Brazil gave way to a new democratic country under the democratically elected President Tancredo Neves in 1985.

Apart from his normal occupation, Gilberto Ferraz was elected, first vice-chairman for six years and then chairman for four years of the Association of Broadcasting Staff (ABS), - the official Trade Union organization, then called BECTU. During that time, however, and with the BBC's permission, Gilberto Ferraz became the first London based correspondent of the then largest daily, Jornal de Notícias, after 25 April Portuguese Revolution for 27 years. Later, and over 10 years he was also correspondent of the influential TSF Radio Noticias station, which became part of the Group. He also found time to co-operate, since 1989, with dispatches and to camera reports for the Portuguese State Television, RTP which still does whenever requested. Over this time, he interviewed leading British political figures, including prime-ministers such as Sir John Major, Lord Callaghan, Tony Blair and gordon Brown as well as hundreds of well known movie stars and film makers as well as attended, on the invitation of various British governments, military and naval exercises, mostly in Germany with the BAOR and NATO.


The major highlights of his reporting and feature writing include East-Timorese/Indonesian affairs which were highly received and praised by Portuguese ministers, and also Princess Diana's death and funeral.


Meanwhile he has contributed with articles, usually on Portuguese affairs, for the specialized publications such as annuals (The Annual Register) and journals. And is always at hand to comment, again on Portuguese affairs or other Portuguese speaking countries, both for radio (BBC and others, including overseas stations), television, BBC, ITV and Sky as well as for British and overseas newspapers. The most recent one being the McCann's Case. As a long resident foreign journalist in the UK he has long been regarded as a doyen member of the foreign press corps. He his also the author of Por Terras de Sua Majestade, a book written in Portuguese where he writes about his experiences, and observations on the British life, be it social, economical as well as political.


He was often requested by the British Foreign and Commonwealth Office

to interpret and accompany important foreign governmental delegations being invited to Britain. In that capacity he assisted British, Angolan, Mozambican, Brazilian and other Portuguese speaking ministers and high government officials or leading figures. In the case of the former it lead to establishing diplomatic relations as it was the case with both Angola and Mozambique.


In 1995 he was awarded by the then Portuguese President Dr. Mário Soares, the Comenda da Ordem do Mérito (Merit Order) for “high services rendered to Journalism”.


Amongst his hobbies, reading of history, biographies, social and current affairs books, jogging, loves nature and gardening. His main concerns embrace environment, climate change, hunger, human wrights, and population displacement due to violence and war.


For contacts: gilfer@talktalk.net, gilbertoferraz09@hotmail.com;ferraz.gilberto9@googlemail.com

domingo, 14 de setembro de 2008

PORQUE ME BATO PELO VOTO DA DI´SPORA LUSITANA

Como bloguista, grato pelo espaço que generosamente a Google lhe concede, agradece a todos que até aqui têm consultado este modesto espaço, e, sobretudo a todos aqueles que amável e dedicadamente o enriquecem com os seus comentários, uns, felizmente em sua maiora concordantes e, uns pouquíssimos, discordantes. A estes, especialmente me dirijo, no recente assunto que justificou o meu aúltimo “post” APELO URGENTÍSSIMO, sobre a necessidade de se evitar a retirada da actual e enorme vantagem do voto postal do chamado “emigrante, que se vai debater na próxima sexta-feira, na Assembleia da República. Sempre que é possível agradeço individualmente. Como nem sempre é possível, faço-o deste modo Primeiramente, agradeço, a consulta do meu “post” e, segundo, a amabilidade e tempo para o comentar. Evidentemente, como democrata e concidadão, respeito a opinião do bloguista “Condebocas” ou “Figas”, que sobre este assunto e, particularmente as razões porque discorda da atribuição do voto aos chamados “Cemigrantes”. Mas, como se pode calcular, discordo com ela. Infelizmente, a chamada “Emigração”, não obstante ser a origem da segunda maior fonte de receita do nosso país, foi, é desde há longa data, confundida pelos Portugueses metropolitanos. Nâo sabendo, ou, pior ainda, preferindo confundir a “emigração” principalmente do início dos anos 60, (pois já muito antes, por razões diferentes e principalmente políticas existia. Que o digam grandes mestres da escrita e do pensamento, como Almeida Garrett, Alexandre Herculano, e, mais recentemente Paula Rego, só para mencionar um exemplo), com os pobres e, em muitos casos, Portugueses, que recorreram à então próspera economia francesa, ou até alemã, e que, devido à sua rudimentar formação, prefiriram, e deram lugar aos chamados “bidonvilles”, a partir de então , falar-se de “emigração”, a ele se refere sempre com espírito de superioridade, aliás, um dos grandes defeitos da sociedade portuguesa, a que, igualmente acrescentaria a triste e parece eterna inveja. Não caros bloguistas, há que procurar ser justo. Se a chamada “emigração”, pela sua vastidão, países diferentes, cultura e razões políticas, não se pode meter no mesmo saco, pois, como em tudo, há menos bom e até muito mau, mas como, e sobretudo, uma das grandes qualidades do povo português -e daí, a chamada “emigração” - é a qualidade de adaptação, muitos dos portugueses residentes no estrangeiro, graças às vantagens dos países de acolhimento procuraram aproveitar e beneficiar, não só dos muitos sacrifícios económicos que fizeram, mas acima de tudo das vantagens sociais e educacionais que lhes eram oferecidas.

Se não me estou a referir estrictamente em experiências pessoais, pois, como sabe, felizmente que existe uma vasta diferença, falo do que sei e tenho investigado, não como longo profissional de informação, de que me orgulho ter servido, durante 30 anos, mas acima de tudo beneficiado da escola chamada BBC, mas como membro integrante de uma comunidade, pelo menos aqui na Grã-Bretanha, que tem procurado honrar o seu país, e, embora sem a devida ajuda do governo da metrópole, tem singrado e marcado a sua presença. É, pois, esta comunidade, estes quatro milhões de Portugueses espalhados pelo mundo inteiro, que sofrem, e acompanham as venturas e tristeza do seu amado rincão, procuram engrandecê-lo. Honrando-o! E, como por ele se preocupam, mas mais, devido à sua experiência, vivência, assimilação das virtudes e vantagens do país de acolhimento, além ds suas economias, transformadas em preciosas divisas, procuram transferir e beneficiar o progresso do seu país. É por isso, que não sendo Portugueses diferentes, mas que, por uma razão ou por outra, ainda se mantêm no país de acolhimento, sem que, no entanto, deixem de manter raízes com o seu país natal, muitos com residências por enquanto de verão, mas que as construiram sempre a pensar no regresso definitivo, o direito a voto continua a ser uma importante corda umbilical e que, cortá-la, não só seria uma injustiça, mas acima de tudo, UMA TRAIÇÃO e violação democrática. Diria até mais. Só daqueles que pugnam pelo direito ao voto dos Portugueses Residentes no Estrangeiro, (PRE até nas eleições autárquicas! A razão deve-se ao facto do interesse dos cidadãos, que das suas remotas aldeias, quer do norte, Minho às Beiras, Alta e Baixa, ou de qualquer recôndito do seu amado país, por o amarem, estão empenhados no seu desenvolvimento e progresso, pelo que nele PODEM INVESTIR AINDA MAIS. É, PORTANTO, POR TUDO ISTO, QUE SE DEVE EVITAR TAMANHA TRAIÇÃO POR PARTE DE UM PARTIDO QUE OUSA ARROGAR-SE DE DEMOCRÁTICO e que está longe de o ser ao procurar retirar o VOTO POSTAL da vasta Diáspora Lusitana. Como está em risco tão dificilmente conquistado direito, com o qual originalmente, tanto o PCP como o Psdiscordavam, o apelo, URGENTE APELO, A TODO O DEMOCRATA QUE SE PREZA, AQUI FICA!



sexta-feira, 12 de setembro de 2008

APELO URGENTÍSSIMO!

Se é um dos quatro milhões de Portugueses Residentes no Estrangeiro (PRE), vulgo Emigrante, (cujo termo altamente pejurativo, se deve recusar!); se costuma VOTAR e se PREOCUPA pelo DEMOCRACIA no NOSSO PAÍS,



POR FAVOR RESPONDA IMEDIATAMENTE!!



A ASSEMBLEIA da REPÚBLICA vai considerar e debater, na próxima sexta-feira 19, às 10 horas (hora de Lisboa), a Proposta de Lei No. 502/X (PS), cujo objectivo é alterar a Lei Eleitoral, retirando o voto postal aos PRE. Embora, e infelizmente, só uma minoria dos PRE se preocupa em votar, o que é altamente lamentável, terminar este prático e importante método representa uma violação ao mais sagrado direito cívico de qualquer cidadão. Além disso, como, e muito mais importantemente, em países cuja representação consular, onde se pode votar, (o que, geralmente acontece com a maioria) devido à distância, é praticamente impossível fazê-lo, o voto postal é a forma mais simples, prática e rápida de fazê-lo. Portanto, seria impensável que a Proposta de Lei fosse passada. Mas, para evitá-lo, o que sem dúvida é UMA VERDADEIRA AMEAÇA À DEMOCRACIA, tal Proposta de Lei TEM DE SER CONTESTADA – E EVITADA!!!.

Segundo os regulamentos da Assembleia da República, a apresentação de 4000 peticionistas é suficiente para impedir tal INJUSTIÇA. Como há pouco t empo para se angariar semelhante número, PEDE-SE, URGE-SE, que todos os democratas da Diáspora, ACTUEM, E JÁ! Para o efeito, proponho que TODOS QUE SINTAM A AMEAÇA DA VIOLAÇÃO DE UM DOS SEUS MAIS SAGRADOS DIREITOS DEMOCRÁTICOS, RESPONDAM, e JÁ! Para isso, basta, simplesmente, mandar: NOME, MORADA, PAÍS (e número de eleitor, se possível), para o meu e-mail ferraz.gilberto9@googlemail.com


TODAS AS PARTICIPAÇÕES E ENDEREÇOS SERÃO TRATADOS COM A MÁXIMA CONFIDENCIALIDADE E APAGADAS DEPOIS DA SUA APRESENTAÇÃO Á ASSEMBLEIA.


Além de ser urgente a sua colaboração, é importante que informe e encorage os seus amigos e contactos a aderir a TÃO IMPORTANTE INICIATIVA!


Para mais informações sobre o assunto, envie a sua consulta a gilfer@onetel.com