quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

2010: ANO PARA ESQUECER A NÍVEL INTERNACIONAL

Mais uma vez a economia do mundo Ocidental dominou o ano que agora termina. Desde o Espaço Europeu, ao Reino Unido e aos Estados Unidos da América, Três das +rinciais economias mundiais foram foco de nova crise, acompanhadas de altos níveis de desemprego. Na UE, a começar pela Grécia, seguida da Irlanda, ambas com a intervenção da UE/FMI, provocando várias greves gerais e o aumento de manifestações e graves distúrbios, situação mais ou menos idêntica paira no nosso país, agravada pelos constantes assaltos provocados pelo aumento do juro da elevada dívida pública, que chegou a ultrapassar a insuportável e inédita taxa dos 7%; o Reino Unido, com um novo governo coligado, a partir de Maio, entre Conservadores e Liberais-Democratas, a adoptar severas medidas inéditas de contenção, com a redução de 15 a 23% dos serviços públicos, aumento do IVA de 17,5 para 20% e o das propinas do ensino superior no triplo, provocando várias e enormes manifestações estudantis, os EUA, ainda a lutar e a sofrer da periclitante situação económico-financeira, com o Presidente Obama a ser vítima de grave rombo eleitoral com a vitória dos Republicanos, a maior dos últimos 72 anos, reduzindo a maioria Democrática no Congresso e a quase eliminação no Senado, o que mais debilita a sua actuação a partir dos meados do próximo mês. Os Republicanos beneficiando do fenómeno ultra-conservador, auto-classificado de Tea Party, que de partido nada tem, mas que actua no seio do maior partido da oposição, viram a sua posição reforçada. Entretanto, segundo sondagens, o Congresso é humilhado com a percentagem de 13%, a mais baixa de sempre, por parte da aprovação do público. A complicar a já difícil situação geral, o volume das manifestações públicas foi notável. Além das já mencionadas, a França foi de novo cenário, seguidas de greves gerais, estas devido à redução da idade limite da reforma para 62 anos de idade.
As perturbações climatéricas, (às quais a Cimeira de Cancún, no México, realizada em meados deste mês, voltou a fechar os olhos a soluções cada vez mais urgentes), foram evidentes com cheias devastadoras, provocando deslizes de terreno tanto na Colômbia como no Brasil, causando enormes danos e ceifando milhares de vidas, principalmente no Paquistão, onde afectou 20 milhões de pessoas e, no Haiti, o tremor de terra, que destruindo a capital, Port au Prince, provocou mais de 230,000 mortes, (seguido, em Outubro, por forte surto de cólera), enquanto isso, na Islândia, a erupção de vulcões provocou a paralização aérea principalmente no espaço europeu; na Rússia e em Israel irromperam gigantescos incêndios; o Reino Unido foco de invulgares fortes nevões, com temperaturas de 23º negativos, paralizaram principalmente o norte do país, não escapando Londres, normalmente menos afectada, em queviu o maior nevão dos últimos 50 anos! Em termos ecológicos o desastre da plataforma de petróleo da BP no Golfo do México, além de 18 vítimas, provocou enormes danos ambientais com o governo americano a exigir compensações de dezenas de biliões de euros e, a nível religioso, a Igreja Católica não ficou incólume com o deflagrar do escândalo da pedofilia no seu seio. Todos estes gigantescos acontecimentos ensombraram as atenções mundiais. Neste enorme pano de fundo, embora a cessação quase total da ocupação americana do Iraque e finalmente o acordo inter-partidário para a formação de governo, continuaram as lutas e mortes sectárias; a guerra do Afeganistão, no seu 13ºano, continuou a dominar o cenário bélico mundial, com a demissão do Comandante General Stanley McCristal, acrescida de tensões nas duas Coreias com provocações da nuclear Norte, recrudescendo a velha inimizade entre a China e o Japão. A instabilidade terrorista, proliferou com os ataques de origem mussulmana tanto em atentados, alguns dos quais gorados ou evitados, como a auto-emolação de vítimas bombistas provocando inúmeras vítimas em vários pontos do Globo, mas principalmente no Paquistão, Uganda, bem como na Rússia, ali por acção de terroristas Chechenos. Em países mussulmanos, como na Nigéria, Egipto e Indonésia registaram-se grandes manifestações contra minorias cristãs, resultando várias mortes, principalmente na primeira e na última. No Médio Oriente continuaram as tensões entre Israel e Palestinianos, com a morte de um alto dirigente militar do Hamas num hotel do Dubai, atribuída às forças de segurança israelitas,e, mais uma vez, verificou-se a cessação da tentativa de conversações sobre a contínua anexação e construção de acampamentos judeus no território palestiniano, aumentando a tensão agravada pela morte de manifestantes, num navio turco, que procurava desafiar o boicote israelita a Gaza. No México, continuou o massacre de vítimas devido ao narcotráfico. A China, voltou a ser notícia na violação dos direitos universais, obrigando a Google a encerrar o seu site, naquele vasto e profícuo país, mas o maior escândalo foi o boicote total e protesto contra a atribuição do Prémio Nobel ao seu detido manifestante dos direitos humanos, Liu Xiaobo. Porém, as boas notícias do ano agora findo, foi o salvamento de 33 mineiros no Chile, após 69 dias de grande incerteza quanto ao seu futuro, a contrastar tanto com a China, Rússia, EUA, Nova Zelândia bem como na Turquia em que morreram dezenas de mineiros. No Brasil, depois de bem sucedidas eleições foi eleita a favorita do Presidente Lula, Dilma Rousseff e, na Birmânia, finalmente liberta Aung San Suu Kyi, após 20 anos de detenção domiciliária. E, se em futebol, à Península Ibérica foi negada a realização do Mundial de 2018, a favor de Rússia, a Espanha, depois do título europeu, sagrou-se campeã do mundo, na África do Sul. No domínio das novas tecnologias, a Apple ao lançar o seu novo IPAD revolucionou o mundo da publicação digital e bateu o predomínio mundial da Microsoft e, no vasto espaço cibernético, a WilkiLeaks provocou sensação ao revelar documentação militar e diplomática secreta americana, levando à detenção, e pedido de extradição para os EUA, do seu fundador Julian Assange.
NÃO OBSTANTE AS INCERTEZAS, FELIZ 2011, CHEIO DE SAÚDE E...TUDO DO MELHOR!

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