quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Sir Isaac Newton e a Fatídica Maçã

O pai da Teoria da Relatividade, Sir Isaac Newton, notável físico e matemático, e não só, nasceu prematuramente de uma família de agricultores no lugarejo de Woolsthorpe, condado de Lincolnshire (centro leste da Inglaterra), a 25 de Dezembro de 1642, cujo pai, do mesmo nome, morrera três meses antes. A debilidade do bebé levou a preocupada mãe, que não esperava que o recém-nascido durasse mais de um dia e, muito menos, os seus longos 84 anos de vida, levou-o a uma parteira local. De novo casada, com o rico sacerdote Barnabas Smith, o casal mudou-se para outra paróquia vizinha, sendo difícil ao filho adaptar-se. Criança só e mui introspetiva, não podendo suportar o padastro, optou pelo apoio da avó. Volvidos nove anos Smith morreria e, pouco depois, ver-se-ia órfão também da mãe, cabendo à avó concluír a tarefa iniciada pela filha ao preparar o neto para administrar a fortuna familiar. Provando ser um fracasso pelo desinteresse desmontrado, quer pela terra quer pelo cuidar dos animais, ingressou na escola vizinha de Grantham (também terra natal de Margaret Thatcher), onde foi notado como dedicado e inteligente aluno, particularmente na execução de bonecos mecânicos e outros utensílios domésticos como cadeiras! Com as portas abertas para o ensino superior, transitou, em 1661, para a Universidade de Cambridge (Trinity College), onde, devido à predominante vaga científica da época como os astrónomos Copérnico e Kepler, que desenvolveram o sistema heliocêntrico do Universo; Galileu, a quem se deve a proposta das fundações da nova mecânica à base do princípio da inércia e, Descartes, que havia formulado a nova concepção da natureza como intrincada máquina impessoal e inerte. Cambridge tornou-se numa fortaleza da até então passada moda do Aristotelianismo, geocentrado numa percepção do universo em termos naturais de qualidade em vez de quantidade. Obviamente o ávido Newton seria influenciado por tão fortes e atraentes forças dedicando-se à física e ciências naturais, e embora concluísse o curso, o seu interesse e vocação académica, seriam, porém, interrompidas devido à nova vaga de Peste Bubónica, em 1665, que igualmente assolaria a cidade, dizimando vastas figuras académicas da época, obrigando-o a regressar à sua terra natal. Foi ali que num dos muitos momentos de isolamento e meditação, questionando muitos dos parâmetros e teorias absorvidas em Cambridge que, junto da janela, virada para o jardim e, ao olhar para a vizinha frondosa macieira (que ainda existe!), viu caír uma maçã, espicaçando-lhe a curiosidade e fazendo do local ponto obrigatório de meditação e exploração do fenómeno da gravitação universal, de que resultaria a sua versão simplificada em prospeto, De Motu, publicada em 1684, de onde partiria a Filosofia dos Princípios Naturais, abaixo citada, em que é definida como “cada partícula da matéria no universo atrai outra partícula com a força cuja direção é a da linha que une as duas e cuja magnitude é diretamente o produto das massas e inversamente o quadrado da distância de cada uma delas”. Antes, porém, ao ser eleito, em 1672, “Fellow” da Sociedade Real, distinção rara na época, publicou a sua Nova Teoria Sobre a Luz e a Cor, tema em que, igualmente, se notabilizou, nomeadamente na ótica. A sua descoberta da composição da luz branca, integrada no fenómeno da cor, na ciência da luz, lançou as fundações da física moderna da ótica. Outra invenção em mecânica que a Newton se deve, são as Três Leis da Moção, igualmente os princípios da física moderna, de onde resulta a formulação da Lei Universal de Gravitação. A este génio, se ficaria igualmente a dever a descoberta do cálculo infinitesimal refletido noutra sua obra, tornada clássica, Philosophiae Naturalis Principia Mathematica (Filosofia dos Princípios Naturais da Matemática), em 1687, reconhecida como uma das mais importantes obras da história da ciência moderna, catapulcando-o para o cume da fama do maior cientista nacional e Presidente da Sociedade Real, assim como famoso no mundo científico internacional.

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