quarta-feira, 2 de março de 2011

O ÊXITO CHAMADO COLIN FIRTH

O aforismo de que “a vida começa aos 40”, agora que os cientistas apontam que a longevidade pode, normalmente, atingir a casa dos 110 anos, é considerada uma fase, não de meia-idade, mas de infância! Este, o caso do ator britânico, Colin Firth, que aos 50 atingiu os pináculos da fama! O principal intérprete do “Discurso do Rei”, que depois de ter sido aclamado na maioria dos principais festivais mundiais de cinema e distinguido no passado dia 13 de Fevereiro, em Londres, com uma cobiçada estatueta no Festival Anual de Cinema e Televisão Britânicos (BAFTA) como o melhor intérprete do filme, que igualmente no mesmo festival foi galardoado com outros cinco prémios, viu a confirmação, no domingo passado, no 83º festival anual por excelência do cinema mundial - a Academia do Cinema, Artes e Ciências em Hollywood, em que “O Discurso do Rei”, igualmente dominou, conquistando mais três estatuetas (melhor diretor, melhor filme e melhor guião). De salientar que enquanto o custo da película, na totalidade, orçou em 9,6 milhões de euros, nas bilheteiras mundiais, até agora, atingiu mais de 240 mihões de euros!

Colin Firth, nascido no condado de Hampshire (sul da Inglaterra), em 1960, mas que passou a maior parte da sua infância na Nigéria, e que até há poucos anos se distinguira particularmente na televisão britânica em atuações de adaptações de romances clássicos, como foi o caso do papel de Mr. Darcy, em Orgulho e Preconceito de Jane Austen (1775-1817), em 1995, realizado e apresentado pela BBC; no cinema, no Diário de Bridget Jones em 2001 e, em seguida, em Mamma Mia, um dos pretendentes da disputada Merryl Streep, obviamente é um artista muito requerido. A sua invulgar atuação no Discurso do Rei, no papel do que seria o relutante gago Jorge VI, por ser a todos os títulos formidável, justifica a aclamação de um ator que igualmente se prepara para outros êxitos como é o caso da adaptação de outra brilhante obra de espionagem de autoria do aclamado romancista, também ele espião, John Le Carré, Tinker, Tailor, Soldier, Spy, a estrear em Setembro. Mas não obstante esta azáfama pessoal nos vários países em que é solicitado, Colin Firth não falta à obrigatória chamada e ao apelo da Itália, onde reside, com a mulher de há 15 anos e 10 mais nova que ele, a realizadora de documentários, Livia Giuggioli, de quem tem dois filhos, Luca e Mateo, bem como outro filho, este de 20 anos, do seu primeiro relacionamento com a artista de cinema Meg Tilly. Aliás, este verdadeiro e atual “gentlemen” britânico contrasta com o que confessa ter sido na sua juventude, o vagabundo de cabelo comprido, de brincos nas orelhas a tentar aprender tocar guitarra e frequentador dos “pubs” do norte de Londres onde era muito popular! Foi nesta fase que ao ser convidado para interpretar o papel do galante Mr. Darcy e ao dar, com compreensível satisfação, a notícia ao irmão, este, atónito, respondeu: “O quê, tu a interpretares um papel desses quando ele é elegante e vistoso!?”

Admitindo não esperar o enorme êxito do Discurso do Rei, uma película de reduzido orçamento, a contrastar com outras astronómicas produções, em que o mérito embora a ele atribuído é igualmente partilhado pela excelente artista, igualmente premiada com uma estatueta BAFTA, Helena Bonham-Carter, no papel da mãe de Isabel II, o público admirador de Colin Firth viu, no passado Domingo, a confirmação do seu êxito em Hollywood com a atribuição de outra estatueta, o sempre cobiçado Oscar! Destaquemos as 12 nomeações do Discurso do Rei, em Hollywood: O melhor filme, o melhor ator, melhor ator e atriz secundários, melhor diretor, melhor guião, melhor cinematografia, melhor montagem, melhor realização, melhor guarda roupa, melhor composição musical e melhor som.

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