Não bastando as crises financeiras que assolam os principais clubes ingleses da “Premiership”, surge agora o mistério da relva do novo Estádio de Wembley. Acontece que desde a sua conclusão, em 1997, depois de inúmeras incertezas e adiamentos da inauguração, devido à falência da companhia construtora auatraliana, a relva do novo, belo, e imponente Estádio de Wembley, está a provocar insondável mistério … e despesa! Depois da verdejante relva inicial, iniciou-se esta semana, nova replantação – a 11ª !!! - pelo custo de 100 mil euros, totalizando s várias operações em mais de 1,5 milhões de euros! Uma relutante Federação (Football Association proprietária do dispendioso estádio e que para ali recentemente decidiu transferir a sua sede), viu-se forçada a encetar a nova operação depois do treinador do Tottenham Hotspurs, Harry Rednapp, talvez a justificar a derrota da sua equipa por 2-0, no anterior relvado, frente ao Portsmouth, a 11 deste mês, na meia-final da Taça da Inglaterra, ter afirmado que “não poria cavalos a correr neste relvado”! Não se sabem ainda as razões dos consecutivos relvados. Segundo a FA, com base na opinião da empresa responsável pela manutenção do relvado, Sports Turf Research Institute (STRI). “vamos continuar a cooperar com STRI tanto na instalação de uma nova camada de relva como com a sua manutenção”, pelo que vai continuar a ser do mesmo tipo. Porém, as opiniões variam, coincidindo na mais comum que é a falta de luz suficiente e o pouco uso do campo. Talvez, com base na longa experiência da All England Tennis and Crocquet Association, detentora dos magnificos e bem mantidos relvados de Wimbledon, o mais indicado é o devido aconselhamento com esta sua congénere desportiva!
Enquanto isso, parece que o não resolvido mistério do relvado de Wembley simboliza a crise financeira do futebol inglês. Com a falência do adversário do Tottenham, o Portsmouth Football Club, que há duas épocas foi vencedor da Taça da Inglaterra e ironicamente é finalista, este ano, frente ao Chelsea (a disputar a final no próximo dia 15 de Maio), o primeiro clube da Premiership dos últimos anos a falir, surge o poderoso Liverpool Footbal Club, que recentemente arrasou o Benfica na Taça Europeia, a contas com pesadas dívidas, os seus dois presidentes americanos, M. Broughton e G.N. Gillett Jr., decidiram pôr o clube à venda. E, como não há um mal sem dois, o seu melhor jogador, Fernando Torres, depois de ter sido submetido a uma cirurgia, e quando era imprescindível para o resto da campanha europeia, que o treinador Rafael Benitez, afastado da Champions, pretende ganhar, estar ausente durante resto da temporada. A crise financeira ensombra, igualmente o poderosíssimo Manchester United, que, este ano, espera revalidar o título e, igualmente, fincar pé na Champions. Desde que o clube foi adquirido pelo financeiro-milionário americano Malcolm Glazer, em 22 de Junho de 2005, por um bilião e 264 milhões de euros, pondo assim termo a 14 anos de actividade como sociedade anónima cotada na Bolsa de Londres. Mas, como para financiar a aquisição contraíu o empréstimo de 800 milhões de euros, o novo proprietário foi acusado pelos adeptos do clube de hipotecar o Manchester United, um clube que nunca conhecera semelhante posição, a impopularidade do novo dono não tem cessado, ao ponto de se estar a preparar uma OPA, iniciativa de poderosos adeptos do mundo financeiro. Para isso, foi montada uma campanha, independentemente dos múltiplos cartazes quando a equipa joga, com os dizeres, “Love Manchester United; Hate Glazer” (Amamos o Manchester United, mas detestamos Glazer), é caracterizada por caxecóis verdes e amarelos, orgulhosamente ostentados pela maioria dos adeptos, que viram no seu herói, David Beckham, aquando no jogo em que a sua equipa, AC Milan, foi eliminada, há duas semanas no estádio de Old Trafford, também ostentar.
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