quinta-feira, 3 de janeiro de 2013
Breve Sumário do ano agora findo
Como tudo em jornalismo, em que no princípio dum novo ano não se resiste ao inventário do período transato, em que se virou mais outra folha do Livro da História, sucumbo ao mesmo hábito. Porém, no que toca ao nosso país, deixo o assunto à imprensa nacional, pelo que concentrar-me-ei no não menos importante cenário internacional, e a começar pelos fenómenos naturais. Enquanto, no início do ano, as secas, que tanto preocuparam os agricultores do nosso país, o auge atingiu principalmente os Estados Unidos da América, verdadeiro celeiro mundial, em que foram assunto de enorme preocupação sobre as eventuais consequências que teriam nos preços de bens essenciais como o pão em que, pela primeira vez, o influente mercado Futures negociou o alqueire do milho a 8 dólares (12 euros), o resto do ano surpreendeu pela abundância das chuvas e, principalmente também nos EUA, os costumeiros tufões anuais em que, desta vez, com o Furacão Sandy a inundar Nova Iorque provocando 200 mortes, milhares de milhões de euros em danos e a paralisação daquela influente urbe foi notícia. O ano, naquele imenso país, terminou com intensos nevões, particularmente nos invulgares estados do médio oeste, provocando pelo menos seis mortes e milhares de casas sem eletricidade. (Outro inaceitável e incompreensível desastre foi a matança de 20 crianças e seis professoras que as tentaram proteger de um tresloucado indivíduo, munido de armas semiautomáticas na escola infantil de Newtown, no estado de Connecticut).
Menor, mas igualmente danosa situação ocorreu na Inglaterra. Depois das companhias das águas porem restrições ao uso daquele precioso líquido, eis que, pouco depois, são contrariadas devido ao inesperado rompimento dos céus com a generosidade precipitária que inundou uma boa parte do território, especialmente a sacrificada e vasta zona do sudoeste do país, cujos bens as companhias de seguro recusam proteger.
Portugal, além dos habituais e incompreensíveis devastadores incêndios, principalmente na Madeira e no Algarve, foi a vez dos invulgares e localizados prejudiciais tornados nas zonas de Torres Novas e Castelo Branco assim como as devastadoras cheias na Ilha da Madeira.
No domínio político, o ditador sírio, Bashar al Assad, com o apoio tanto da China como da Rússia contínua com a destruição do seu país. Bashar, na sua demente pretensão da continuidade do seu regime despótico insiste na devastação e na destruição das suas belas e milenares estruturas com consequentes mortes de inúmeros cidadãos e multidão de pobres refugiados. Enquanto isso, com a vitória dos palestinianos numa reconhecida presença de estatuto de Observador nas Nações Unidas, idêntica à do Vaticano, o regime opressor de Israel, ignorando os débeis apelos internacionais, aumenta as suas ambições territoriais com a ampliação e anexação de território árabe na construção de aldeamentos judaicos. No seu vizinho Egipto, na sequência da chamada “primavera árabe”, é democraticamente eleito o seu primeiro presidente, Muhammad Morsi, que pouco depois invoca pretensões faraónicas de plenos poderes, baseado na necessidade de uma nova constituição, cujas pretensões, reconhecidamente de cariz totalitário, e, possivelmente islâmico ortodoxo, são fortemente resistidas. E, se no Oriente Médio, o problema chamado Irão, nomeadamente as suas pretensões ao fabrico de armas nucleares continua em efusão com a possibilidade de um ataque por parte de Israel, com o beneplácito dos EUA, no continente africano e na República do Congo em particular, predominou a sua vulnerabilidade em relação a países vizinhos como o Uganda, cujas forças alegadamente rebeldes ocuparam a importante cidade de Goma, na fronteira leste do país.
Outros importantes acontecimentos, eleitorais ou pretensamente ditos, ocorreram, no primeiro caso, nos EUA, com a reeleição do Presidente Barack Obama a braços com a crise financeira do seu país, tentativamente resolvida no dealbar do ano. E, se na Rússia, ninguém duvidava da vitória, falseada ou não, e fortemente contestada pelas forças populares, Vladimir Putin, mais uma vez trocou o lugar de primeiro ministro com Alexander Medveded, para Presidente, confirmando-se também na China a cedência do posto da chefia do Partido Comunista e à frente do governo, ao delfim Xi Jinping e. no Japão, viu-se o regresso do líder do Partido Liberal Democrata, Shinzo Abe, ao posto de primeiro-ministro quando o primeiro, de apenas um ano, foi considerado como desastroso.
O Brasil, tradicional, tal como no nosso país, pela lentidão ou adiamento da justiça, neste caso ao mais alto nível, notabilizou-se pela condenação dos principais intérpretes do famoso “Caso Mensalão”, atual e ironicamente transformado em jogo da populaça.
E, na Europa, com acentuadas crises quer na Espanha, na Grécia e na Irlanda (que neste primeiro semestre ocupa a Presid^dencia da UE), assim como no nosso país; na França verificou-se a deposição de Nicholas Sarkozi, com a vitória de François Hollande. Na Europa foi também a vez de inúmeras cimeiras e do continuado adiamento das desejadas soluções no seio da União Europeia. Tudo isto à espera de uma certa vitória da chanceler Merkel e do possível desejado desbloqueamento dos constantes e irritantes adiamentos. Novas oportunidades para maiores poderes do Banco Central Europeu e a desejável solução da crise do Euro? Esta a incógnita de 2013!
Entretanto, os MELHORES VOTOS DE UM RAZOAVELMENTE FELIZ ANO NOVO A TODOS QUE ME LEEM, ASSIM COMO ÀS SUAS FAMÍLIAS
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