sexta-feira, 21 de dezembro de 2012
Estranha história de Natal
Neste natal, certamente haverá ricos, no nosso cada vez mais pobre país, que procurarão oferecer os mais belos objetos da moda. Vaidade das vaidades, como dizia Salomão, esse ilusório prazer de se ostentar objetos altamente dispendiosos, no primeiro caso malas de pele de crocodilo, ou casacos de pele e, noutro ainda, este de tapetes, as vistosas peles de tigres! O mesmo acontece noutras partes do mundo, em que predominam objetos ou obras em marfim ou a maníaca ideia de que certos animais, como os rinocerontes e os tigres, são portadores de qualidades afrodisíacas. Nesse prazer, ou melhor, nesse desvario, residem os maiores culpados da devastação dos animais selvagens e da extinção de belas espécies em algumas regiões e a sua ameaça noutras! Este monstruoso crime agravado pela avareza, ou, em muitos casos, necessidade de populações pobres, principalmente da África central e de zonas rurais da Índia, ou ainda de Moçambique, leva à destruição principalmente desses belos e inteligentes paquidermes e felinos superiores. Num só ano, como foi o caso de 2011, 25.000 elefantes foram dizimados para a extração dos dentes, devido à cobiça do marfim. O maior crime, porém, ocorreu em janeiro deste ano, em que uma centena de cavaleiros, munidos de metralhadoras e de granadas de propulsão, oriundos do Chade, surgiram no vizinho Camarões, a Norte, destruindo centenas de elefantes, famílias inteiras - filhos, mães, pais, avós e - no Parque Natural de Bouba Ndjidah, ato semelhante no ataque de 2006, efetuado no Parque Nacional de Zakouma, também no mesmo país. Não obstante a proibição global contra o comércio do marfim, adotada em 1989, a devastação, o horrendo crime da matança dos elefantes, continua. No caso dos tigres, particularmente a raça predominante de Bengal em que não obstante as 23 reservas de habitat desses belos animais, espalhadas pelo país, mas isoladas e cada vez mais em risco devido ao desenvolvimento da Índia, como a construção de barragens e crescentes necessidades dos agricultores por terras aráveis, o tigre é vítima de crescentes níveis de extinção, quando as suas peles são pagas, principalmente em Nova Iorque, a 10 mil dólares (7.500 euros) cada, montante para um aldeão indiano a significar uma vida inteira regradada!
Com a China, como a maior culpada, que defende a importação do marfim, e certos componentes de animais, como os rinocerontes, cujos órgãos afirmam exercer efeitos afrodisíacos compreensivelmente a preços astronómicos. O mesmo acontece, como alegada medida de proteção da sua multisecular arte, de onde saem objetos de inegável extraordinária beleza, esta sua atitude não tem desculpa. Faz lembrar o comportamento dos vizinhos japoneses que defendem a caça e abate das baleias por razões científicas, quando os seus ávidos cidadãos as devoram na sua tradicional culinária! Quanto a rinocerontes, em que tanto o Vietname como a Indonésia já não têm nenhum destes potentes animais, os que restam no vasto e belo Parque Krugger, na África do Sul, não obstante os enormes esforços dos seus guardas, um por dia é abatido, especialmente por indivíduos provenientes do vizinho Moçambique. Devido à frequência da prática deste crime, que tanto enriquece as pobres populações fronteiriças, as autoridades sulafricanas têm ordem para matar os assaltantes, pelo que é normal que muitos deles, em sua maioria jovens, o que regressa às suas aldeias não são os preciosos produtos dos rinocerontes ilegalmente abatidos, mas os seus próprios corpos em caixões, enviados como exemplo. QUE AOS ANIMAIS, MUITOS DELES NOSSOS AMIGOS, E QUE TANTO GOSTAMOS DE VER NOS ÉCRANS DAS NOSSAS TELEVISÕES OU ATÉ NO JARDIM ZOOLÓGICO, DEDIQUEMOS TAMBÉM NESTE NATAL UM CARINHO MUITO ESPECIAL. E aqueles ou aquelas que por mera vaidade procurem ostentar produtos ou artigos que provocam a sua morte e extinção, PENSEM MAIS DO QUE DUAS VEZES!
BOM NATAL e MELHOR ANO NOVO PARA TODOS QUE ME LÊEM ASSIM COMO SUAS ESTIMADAS FAMÍLIAS!
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