segunda-feira, 3 de setembro de 2012
AS FASCINANTES ENTRANHAS DE PARIS
Alexander Dumas conhecia-as muito bem, pois classificou-as da “consciência da cidade”. Foi dali que saíram os andrajosos vagabundos do seu fascinante e maravilhoso romance, Les Miserables, tão belamente adaptado para o teatro, como peça musical, por uma companhia londrina, que é sucesso de bilheteira há já vários anos, e era ali que se escondia o Corcunda de Notre Dame! Como as entranhas de Paris não são ficção, explorêmo-las, servindo-nos daqueles conhecidos por cataphiles como guias, cujos recônditos lhes são tão familiares!
A começar, os subterrâneos de Paris, antiquíssimos como são, são igualmente os mais extensos do mundo! No subterrâneo de Paris existem os mais variados espaços: Desde canais e reservatórios a criptas, cemitérios e caixas fortes subterrâneas para esconder e guardar as montanhas de ouro nacional! São, porém, as suas enormes pedreiras subterrâneas, perto da Catedral de Notre Dâme, que lhe deram vida e beleza, as famosas carriéres, cujas rochas deram lugar aos enormes e belos edifícios da superfície, que a tornaram famosa e, que até 1955, era ilegal visitá-las. A situação mudou por completo a partir de 1970, em que a revoltada cultura “punk” decidiu fazer delas e, descobrindo muitas outras, local de festas e orgias, centro
pinturas, mas também dominadas pela droga!
Atualmente, tal missão compete aos cataphiles, destemidos jovens, que ao insistirem explorá-las fazem delas “hóbi” permanente. Não obstante as tentativas da polícia especial, nunca conseguiu impedir o seu assédio. Antes deles, e durante a II Grande Guerra, as catacumbas da capital francesa foram refúgio de milhares de elementos da Resistência. Segredo bem guardado, principalmente para irritação dos ocupantes alemães!
Segundo o Prof. Philippe Charlier, da Universidade de Paris, que as estuda com todo o esmero, tanto a nível arqueológico como forênsico, no vasto cemitério subterrâneo estiveram seis milhões de corpos, o triplo da atual população da capital, de que apenas restam tíbias e crânios. Embora em sua maioria datados da Revolução Francesa, muitos remontam ao período Merovíngio, ou seja há mais de 1.200 anos. Porém, a descoberta das enormes pedreiras e até minas de gesso remontam ao período de Louis XIV, quando em 11774 se verificou um desabamento. Antes, porém, começaram aser usadas já nno século XII, de onde pedra continuou a ser extraída até que nos séculos XV e XVI foram reforçadas a fim de evitar maiores desabamentos. Muito acima delas o sistema de esgotos foram reforçados e aumentados no século XVIII, quando, pouco antes, mesmo no Palácio de Tulherias, o conteúdo dos penicos reais era atirado à rua e, no de Varsalhes, conhecido pelo fétido, aos terrenos vizinhos! Os bas fonds parisienses, não obstante a sua enorme extensão, ramificados em centenas de quilómetros, encontram-se praticamente todos identificados. Verdadeiras minas, neles têm-se encontrado diamantes e peças de ouro. Mas o maior tesouro, cerca de 2.600 toneladas, este oficial, está na profundidade de 36 metros, por baixo do Banco da França. A sua entrada, obviamente, é ultra-secreta Muito cobiçada pelos espertos gatunos, mas não obstante os esforços, não conseguiram dominar os pesados e maciços portões de aço! E, para os desenganar dizem que o acesso não é possível através da rede do velho metropolitano!
Nota: Agradecimento a National Geographic em que esta peça é baseada (edição inglesa – fevereiro de 2011)
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