VÃO
CHAMAR NOMES A OUTRÉM!
A
agência americana de notação, Standard & Poors, acaba de,
economicamente, classificar PORTUGAL de L I X O! Esta decisão,
reconheça-se, não é nova. Enquanto outra concorrente, mais
apressada, a Moody's, já há meses o tinha feito, houve algum
mérito, e, diga-se, mais profissionalismo, por parte da Standard &
Poors. Mérito ou justificação da decisão àparte, pois não me
quero - nem devo! - arrogar-me no direito de o fazer e, caso o
propusesse, o espaço hoje gentilmente cedido para esta coluna, seria
insuficiente. Por agora, pois talvez para esclarecimento de algum
leitor menos atento, este assunto das agências de notação,
particularmente americanas, o seu importante papel e a influência
que elas exercem, não apenas nas economias mundiais, mas especial e
diretamente no bolso de cada um de nós, assim o requer. Por agora,
e tentando refrear um exacerbado patriotismo, bem como, por igual
medida, emocionalismo, procurarei moderar-me e conter a minha
compreensível REVOLTA!
Como
sabemos, LIXO, é L I X O! Aquilo, e aqui recorrendo a quem tem
mais autoridade que eu, como o fiel Cãndido de Figueiredo, de cuja
sabedoria cada vez mais dependo, classifica de “Aquilo
que se varre, para tornar limpa uma casa, um móvel, qualquer
objecto. Sujidade, imundície...”
(Edição Livraria Bertrand 1973). Francamente, se as agências de
anotação, economicamente, classificam o MEU PAÍS, (aquele que me
considera e identifica como SEU cidadão pelo passaporte ou Bilhete
de Identidade que me acompanha: aquele, que sempre me recusei a
renunciar, pois fazê-lo considerá-lo-ia como traição, não
obstante a vantagem da dupla nacionalidade, obtida graças a um
GRANDE ESTADISTA, chamado Sá Carmeiro, que tive a ventura de me
chamar amigo),
de LIXO, por amá-lo, pelo qual, nos momentos difíceis me
reconheceram suficientemente competente para modestamente o DEFENDER,
além de denunciar tamanha ousadia, classifico-a de ULTRAJE! “Fartar
vilanagem!”, foi a conhecida expressão de revolta, mas mais, de
combate, dos nossos heróis de antanho. Sem nunca me assemelhar a
qualquer deles e, muito menos, sem nunca fisicamente ter pisado o
sangrento terreno da luta, GRITO, BEM ALTO, E COM ORGULHO, QUE, COMO
PORTUGUÊS QUE ME PREZO, REPUDIO TAL CLASSIFICAÇÃO, mesmo
economicamente que seja!
PORTUGAL,
este meu país, como muito bem dizia Camões, “à beira-mar
plantado”, agora AVILTADO e ULTRAJADO, mais forças – bem, como
espero, sentimento correspondido por todos os meu BONS CONCIDADÃOS
– repito, mais forças, darão para provar A NOSSA VERDADEIRA
TÊMPERA e DEMONSTRAR QUE NÃO SOMOS LIXO! SAIBAM, especialmente
aqueles ignorantes da nossa Nobre e Milenar História, que SOMOS
CIDADÃOS DE UM PAÍS, embora atualmente arrastados pelas
vicissitudes, provocadas por muitos incautos e incompetentes,
VAMO-NOS LEVANTAR e PROVAR QUE A BOFETADA DADA, a mancha produzida,
não se desvanecerão ATÉ QUE que, aqueles que se arrogam da
sapiência em considerar PORTUGAL imundície
e procurarem varrer
os seus orgulhosos cidadãos, serão
eles, um dia, que esperamos seja muito breve, quais caninos, de cauda
no rabo, sigam o seu isolado caminho, reconhecendo que o seu latir,
embora injusto e inapropriado, atingiu, repercutiu-se, tocou na alma
e no orgulho de SER-SE PORTUGUÊS!
CONCIDADÃOS,
CONCIDADÂS! Como diz o nosso Hino Nacional, cantemos, vibrantemente,
mais do que nunca, até que a rouquidão nos vença: “Contra
os canhões”
da calúnia e do derrotismo, “marchar,
marchar”!
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