sexta-feira, 18 de outubro de 2013

MAIS OUTRO SOLENE AVISO A INCORRIGÍVEIS SURDOS.

O influente e conceituado Painel Intergovernamental sobre a Alteração Climática da ONU (sigla inglesa IPCCA), divulgou, em finais do mês passado, em Estocolmo, Suécia, o seu Quinto Relatório, aliás escassamente mencionado nestas nossas bandas! Dificílima e complicada obra elaborada por 259 dos mais prestigiados peritos da especialidade, incluindo o nosso Dr. Pedro Viterbo, provenientes de 30 países e dos quais também Portugal, trata-se do mais POTENTE e SOLENE AVISO sobre a situação atual do nosso Planeta, resultante da ação ou contribuição humana. que vai servir de tema.e escrutíneo na Cimeira, a realizar em Paris em 2015. Uma geração, ou várias gerações dependente(s) dos altamente prejudiciais combustíveis fósseis, em que o carvão, enorme emissor do pernicioso poluente CO2, em que a gasolina (cujo automóvel não dispensamos) é outra culpada, aliado à deflorestação de indispensáveis e preciosos pulmões ambientais como a Amazónia (e acrescento, a Indonésia e Madagáscar), aponta o relatório, têm sido os provocadores do aquecimento global das superfícies terrestres, dos oceanos e da atmosfera. Como resultado, e em relação ao nosso país, quer em termos de níveis das águas oceânicas, que poderão subir um metro até 2100, com o seu vasto litoral e muitas praias, ou em termos de aumento de clima, com as vagas de calor (que tanto contribuíram para os muitos incêndios deste ano no nosso país), uma primavera antecipada, com eventuais reduções dos níveis de precipitação e os consequentes danos para a nossa agricultura, o cômputo será de 12% na redução do PIB. Se o aumento dos níveis da água do mar se vão dever ao derretimento gradual das camadas até aqui eternas dos gelos do Árctico e da Antárctica, mas principal e assustadoramente do primeiro, já visíveis no aumento das águas oceânicas, com consequentes danos da sua acidificação, que atingiram os níveis mais elevados dos últimos 300 milhões de anos, mas não só, provocando a destruição, em mais de metade dos precioso corais, que, a manterem-se ao acelerado nível dos últimos 60 anos, estão em risco de desaparecer antes do fim deste século. Têm sido vários os avisos, muitos deles solenes, nos últimos anos, em relação ao estado e futuro próximo do nosso Planeta. Porém, face aos ouvidos dos surdos e hesitantes políticos, mas não só, incluindo nós próprios, que receando as inevitáveis consequências de maior moderação da nossa qualidade de vida, e, em particular, aos fortes lóbis das energias fósseis, cujos países delas dependentes temem o seu futuro económico, assim como de uma sociedade, como a Americana, a maior poluente do mundo, recusam, todas, aceitar a realidade. Como os efeitos climatéricos, devido à sua lentidão, normalmente, em alguns casos, levam centenas e outros milhares de anos a produzir os seus efeitos, a questão, a GRANDE QUESTÃO, é saber o LEGADO que deixamos às futuras gerações. Se os perniciosos efeitos são oriundos da primeira Revolução Industrial, iniciada no Reino Unido, e seguida pela Alemanha e França, a partir dos anos 50, e nomeadamente no ano de 1998, o mais quente a nível global, a partir daí os efeitos de estufa têm sido galopantes, com o aumento de cerca de 2oC, com a perspetiva de se chegar, possivelmente, a 4,9o ou até mais, no fim do século. Na realidade, em termos de níveis da época pré industrial, prevê-se o aumento de temperatura de 3 ou 4oC, o que significa níveis jamais alcançados desde a evolução do homem moderno, há 250,000 anos. Partindo do abate das florestas e do derretimento das camadas geladas eternas dos Pólos, se com o desaparecimento gradual anual de idêntico espaço de quase metade do nosso país com o primeiro, morre um dos principais pulmões geradores da indispensável fotosíntese, cientificamente apelidada de “tanque absorvidor” de gases CO2,: em relação à segunda desaparece o importante factor refletor de raios de onda curta, ou albedo, a partir da Terra, que, para manter o seu necessário equilíbrio não deve prejudicar os seus 69% de absorção da energia solar de que depende toda a vida terrestre. Aponta um dos mais prestigiosos cientistas desta matéria, Lord Stern, ouvido em Londres por este colaborador do JT, que “no decorrer dos últimos 3 ou 10 milhões de anos jamais atingimos o aumento de 3oC ou 4oC. É mais do que evidente tratar-se de uma experiência verdadeiramente invulgar”. Adiantou ainda que “um caso desta natureza significa uma alteração profunda do nosso atual sistema de vida e a eventualidade de centenas de milhar, ou possivelmente milhares de milhões de pessoas, terem de sre deslocadas, provocando óbvios conflitos.” .

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